Fusca de 1970 ganhou até uísque e conhaque para ficar a cara do dono
Carro foi comprado por necessidade e hoje o dono não vende por preço nenhum
Por onde passa, o Fusca de Thiago Jesus Duque chama atenção com cada detalhe. Desde garrafas de uísque e conhaque nas laterais até opção de teto solar, a personalização é sempre para deixar o carro com a “cara” do dono.
Ao contrário das histórias que envolvem o proprietário apaixonado há anos pelo modelo, Thiago brinca que sua narrativa é diferente. Isso porque comprou o Fusca para abandonar o transporte coletivo, sem nenhum romantismo.
O que ele não esperava é que com o tempo, a paixão nascesse e, hoje, conta que não vende o carro por nada. “Ele foi o primeiro carro que eu tinha, é de 1970. O motor estava meio ruim, os pneus também e aí fui mexendo nele aos poucos”.
A princípio, a ideia era colocar o carro para funcionar e durante um bom tempo precisou ficar na garagem. “Eu ia andando de ônibus e comprando as coisas aos poucos até que consegui colocar ele na rua. Na época, eu ficava pensando que ia conseguir comprar um novo e deixar o Fusca para lá, mas hoje eu sou apaixonado”, diz.
Sem saber ao certo quando começou a se encantar, Thiago brinca que a relação foi melhorando em conjunto às manutenções. E, após deixar o Fusca pronto para circular, começou o processo de personalização.
Puxando na memória, o vigilante narra que o veículo já teve pelo menos três versões feitas por ele. Na primeira, o Fusca era tradicional e tinha uma cara mais clássica.
“Depois, eu lixei ele inteirinho, fiz uma estrutura em cima e coloquei um jacaré de tecido. Aí virou o ‘jacarezão’. Fiquei uns dois ou três anos com ele assim, mas enjoei e aí mudei de novo”, explica Thiago.
Desde então, as alterações deixaram o carro do jeito que está hoje, sem previsões de novas mudanças por enquanto. “Essa ideia das garrafas veio do nada. Tudo que a gente faz é para deixar o carro com o nosso estilo, esse é o meu. Um dia, eu pensei em colocar as garrafas aí dei um jeito”.
No caso do Whisky, Thiago brinca que ele e amigos tomaram parte da bebida e reservaram o restante para ficar de decoração. Já o conhaque acabou indo por completo, restando só o frasco para completar a história.
Além das garrafas, latas de chope também integram a decoração, mas essas foram compradas especificamente para o Fusca.
“É engraçado porque todo mundo que vê fica curioso. As pessoas já vem perguntando ‘e esse goró aí?’, aí querem comprar o carro, mas eu já aviso que não vendo não. Não abandono mais ele”, diz.
E, garantindo que o carro com mais de 50 anos continua em pleno funcionamento, o vigilante pontua que quem gosta só precisa mesmo é ter paciência. “Ele vai parar às vezes, precisa de certos cuidados, mas quem gosta não se importa”.
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