Há 2 anos, Veinho escolheu mercado como lar e dispensa ração por carne moída
Vira-lata virou mascote do estabelecimento e ganha até mimos de clientes
Vacinado e frequentador de pet shop, Veinho é um vira-lata que não tem nada de bobo. O doguinho chegou ao Mercado Silva, no Estrela Dalva, há dois anos e nunca mais se foi. Com uns quilinhos a mais e uma carinha de sem-vergonha, o danado chegou a ser levado para a casa dos proprietários, mas o negócio é a fachada do estabelecimento. Virou o dono do pedaço!
“Protegido” pela bacharel em Direto Jessica da Silva Medeiros, de 28 anos, Veinho já virou mascote. Entre as regalias da adoção “forçada”, o primeiro pedido do dia é a separação da refeição do bonito.
“Correria de mercado não é para qualquer um. A gente sai tarde, às vezes esquece de algo, mas a carninha do Veinho é a primeira tarefa do dia. Aqui da porta eu já grito: separa a carne do Veinho. E tem que ser carne moída, porque muito grande ele não come”, conta Jéssica.
Veinho tem tratamento VIP e já foi medicado contra carrapato, raiva e cinomose. A casinha de papelão em frente ao mercado não é a primeira. “Ele já ganhou até casinha de plástico, mas o pessoal rouba. Um cliente já chegou a dar uma coleira para ela no sábado, mas furtaram no domingo”, conta Jéssica.
A liberdade de Veinho é algo que ninguém restringe. As tentativas de levá-lo para casa nunca deram certo, pois ele foge e no outro dia aparece no mercado. “Minha irmã mora perto do mercado. Ele conhece o carro, vai no portão cumprimenta e corre de novo”, conta.
Todos os clientes já se adaptaram a Veinho e o malandro ganha até presente. “A gente tem um cliente que toda sexta-feira vem comprar carne. Eles sempre compram um sachê de patê e dão para ele. Mas também já ganhou cobertor e casinha”, frisa.
A paixão de Jéssica por animais se estende há anos, a jovem fundou a ONG PetAção em Cuiabá (MT) e chegou a trazer duas cadelas para Campo Grande. “Os trabalhos continuaram lá e eu voltei para Campo Grande. Deus é tão bom com a gente, porque não retribuir um pouquinho, né?”, finaliza.
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