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Comportamento

Há 23 anos, orgulho de Vavá é ter conquistado casa 'bandejando'

Tendo atendido desde cantores até políticos, Vanilto conta que nunca pensou em mudar de ramo

Aletheya Alves | 06/06/2023 06:58
Hoje, Vanilto consegue criar sua própria equipe para atender nos eventos. (Foto: Arquivo pessoal)
Hoje, Vanilto consegue criar sua própria equipe para atender nos eventos. (Foto: Arquivo pessoal)

Há 23 anos, Vanilto da Silva Vitor decidiu que não iria mais trabalhar em um local fixo e começou a tentar a vida como garçom freelancer. Desde então, entendeu que essa era a profissão de sua vida e, hoje, se orgulha de dizer que desde o carro e casa até a criação dos filhos, tudo foi conquistado ‘bandejando’.

“Eu não gosto nem de falar que eu trabalho com garçom, falo mesmo que eu amo bandejar”, introduz Vavá sobre como se relaciona com a profissão. Longe de ver o trabalho como algo que apenas paga as contas, ele narra que durante as mais de duas décadas de serviço desenvolveu um carinho pela atuação.

Retornando ao início da vida profissional, antes dos 23 anos começarem a contar, Vanilto teve em seu primeiro trabalho uma experiência como garçom. “Meu primeiro serviço foi no aeroporto, atendia como garçom, chapeiro e suqueiro na lanchonete de lá. Depois, passei a ser só garçom e fiquei por um tempo, mas não funcionava como hoje”.

Carreira começou sem imaginar que a profissão seria para a vida. (Foto: Arquivo pessoal)
Carreira começou sem imaginar que a profissão seria para a vida. (Foto: Arquivo pessoal)

Depois, decidiu continuar trabalhando na área, mas ainda com a carteira de trabalho assinada. “Eu tive uma oportunidade de ir para fora, fui para São Paulo. Trabalhei em outros lugares, aprendi bem como ser um bom garçom até que resolvi começar esse serviço sozinho”, diz.

Na época, ele já havia entendido que gostava mesmo do ofício e para quem fica em dúvida, Vavá garante que tem explicações variadas para o carinho. “Eu acho mesmo que é um dom que Deus me Deus. Eu amo minha profissão, você sabe que na Bíblia diz que na época de Jesus já haviam pessoas trabalhando para servir o vinho. Então é uma coisa que está lá também”.

Com isso em mente, deixou de atender clientes aleatórios e passou a construir sua própria carteira de contatos. Isso porque para conseguir trabalhar como freelancer, sabia da necessidade em garantir ao menos uma certa quantidade de eventos para colocar a comida na mesa.

Hoje, os serviços são prestados tanto em Campo Grande quanto para outras cidades do Interior. (Foto: Arquivo pessoal)
Hoje, os serviços são prestados tanto em Campo Grande quanto para outras cidades do Interior. (Foto: Arquivo pessoal)

Casado e com três filhos, o garçom explica que a preocupação sempre foi criar os meninos, comprar uma casa e seu carro próprio. “A gente conseguiu criar todos eles, conquistamos o que a gente sonhava e tudo isso bandejando”.

Sem deixar a família de lado em momento algum, Vavá passou a criar sua própria equipe para atuar em eventos tanto de Campo Grande quanto do Interior. Nela, tanto sua esposa quanto os três filhos já chegaram a atuar.

“Minha esposa trabalha comigo até hoje em vários eventos e eu ensinei cada um dos meus filhos a também trabalhar. Hoje, todos já estão grandes e tenho orgulho disso também”, conta Vanilto.

Sem pensar em abandonar a profissão em algum momento, o homem de 51 anos comenta que desde artistas famosos como Bruno e Marrone até políticos do Estado, todo tipo de gente já foi atendida por ele. E, por querer continuar, ainda há muito o que fazer.

Em relação à manutenção da profissão, Vanilto ainda diz que além de precisar saber lidar com quem bebe demais e por vezes acaba sendo inconveniente, a etiqueta própria precisa estar em primeiro lugar. “A gente sempre se atualiza porque eu tenho um carinho em servir as pessoas. Quando você está no salão, o garçom é o espelho de tudo, então é mesmo uma profissão digna e bonita”.

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