Há cinco meses, Corotinho é companhia de Miguel nas horas de trabalho
Antes de entrar no ônibus, o cachorrinho é escondido no casaco do dono que não o deixa em casa de jeito nenhum
Todo dono de cachorro tem a sua mania, mas Miguel Ângelo Arguelho, de 50 anos, superou os limites da fofura. O Lado B voltava de uma pauta quando se deparou com ele e "Corotinho". Os companheiros retornavam da Ceasa (Central de Abastecimento de Mato Grosso do Sul) e, literalmente, pararam o trânsito na Avenida Cônsul Assaf Trad, na tarde de um dia útil.
O pingo de gente, ou melhor, de cachorro, tem apenas cinco meses e não cresce mais, segundo o "pai". O nome veio em homenagem a um antigo companheiro de quem vive pelas ruas, o "Corote", marca de cachaça das fortes.
Para quem avista os dois de longe se preocupa com o risco do cãozinho, que parece ser filhote ainda, correr para os carros. Mas "Corotinho" já sabe se comportar direitinho na rua.
Ele para no semáforo e segue a caminhada sempre que o tutor volta a andar. Miguel conta que o vira-lata tem outros cinco irmãos em casa, no Bairro Rancho Alegre, mas só ele é quem o acompanhada na travessia pela cidade.
"Hora que ele cansa eu pego ele no colo e o mesmo acontece quando vamos entrar no ônibus”, conta. Miguel garante que respeita o limite do cãozinho. "Ele que desce", pontua.
Miguel atravessa a cidade para fazer bicos na Ceasa e faz tudo na companhia de cãozinho. Na volta para casa, como Corotinho é pequeno, o esconde no bolso no casaco. “No ônibus escondo ele no bolso do casaco e ele fica quietinho”, conta.
Enquanto Miguel conversava com o Lado B, Corotinho ficou sentado aguardando o resto do percurso até o terminal General Osório.