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Comportamento

Há um século, notícia era Calógeras na Capital e onça domesticada

Ministro da Guerra que dá nome a uma das principais avenidas da cidade passou pela casa da família Calarge

Por Aletheya Alves | 20/01/2024 07:57
Registro de Pandiá Calógeras e onça domesticada. (Foto: Arquivo/Álbum Gráfico de Campo Grande)
Registro de Pandiá Calógeras e onça domesticada. (Foto: Arquivo/Álbum Gráfico de Campo Grande)

Visitando como Campo Grande gostaria de ser vista em 1938, quando o Álbum Gráfico da cidade foi lançado por Benedito Leitão, um dos destaques é a visita do então ministro da Guerra, Pandiá Calógeras. Além do convidado ilustre, uma onça domesticada também integra a cena.

Apesar do álbum ser de 1938, a visita de Calógeras, que dá nome a uma das principais avenidas da Capital, foi em 1922. Devido à importância do momento, a foto foi resgatada e publicada mesmo assim.

Na descrição, Benedito descreveu que o grupo estava na residência da família Calarge, localizada na Avenida Afonso Pena. Durante o período, a Capital ainda integrava o estado de Mato Grosso.

“Nesse histórico documento vê-se, entre outras personalidades de destaque político-social, o referido general Cândido Mariano da Silva Rondon”, relata a legenda.

O general, na foto, está justamente fazendo carinho na onça domesticada, prática que parecia ser comum na época. Isso porque além do registro com Calógeras, o animal também aparece no álbum em outro momento, no colo de uma criança.

Retornando à fotografia principal, também aparecem o deputado Jorge Morais Barros, Camilo Boni, Elias Calarge e Francisco Calarge.

Folha completa publicada com descrição da visita. (Foto: Arquivo/Álbum Gráfico de Campo Grande)
Folha completa publicada com descrição da visita. (Foto: Arquivo/Álbum Gráfico de Campo Grande)

Com data de 20 de outubro de 1939, o texto de Leitão inaugurou as páginas do álbum ao expressar seu desejo de fazer propaganda da "progressista cidade e deste belo e cativante município de Campo Grande", onde residia há alguns anos.

Apesar de desempenhar o papel de gerente no antigo jornal O Progressista, Benedito destacou seu objetivo de criar uma obra que pudesse retratar, nas suas palavras, de maneira "fiel", a evolução de Campo Grande.

Para apresentar o conteúdo, o jornalista assegurou aos leitores que encontrariam "múltiplas atividades urbanísticas, assim como as pessoas que contribuíram para a nossa riqueza e aquelas que compõem nosso meio social". Ele afirmou: "Aqui está o álbum de Campo Grande, um modesto trabalho que hoje se revela à luz da publicidade e que, mesmo que não possua outros méritos, servirá para demonstrar lá fora o dinamismo dos campo grandenses e daqueles que escolheram fixar-se aqui para engrandecer a cidade, o Estado e a Pátria", concluiu.

Ao longo do álbum, diversos anúncios foram publicados com o objetivo de construir uma imagem de Campo Grande e destacar suas características distintas, como parece sugerir o texto.

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