Sem drone, aviação era dica de ouro para ver Campo Grande do alto
Registros publicados em álbum gráfico de 1939 dão destaque para as visões aéreas
Seja através de imagens registradas por satélites ou drones, ver Campo Grande do alto não é tarefa difícil para quem tem curiosidade. Mas, há 85 anos, sem as últimas tecnologias para ajudar na tarefa, a dica de ouro era aproveitar as fotografias feitas graças à aviação.
Em fotografias publicadas no Álbum Gráfico de Campo Grande, produzido por Benedito Leitão, um dos destaques é a folha sobre aviação. Demonstrando a importância da prática na época, um registro feito a apenas 5 metros de altura ganhou o maior espaço.
“Sobre o campo de cestobol do 18 B.C, a 5 metros de altura”, descreve a legenda da imagem. No registro, é possível ver partes do avião e pessoas reunidas na quadra.
Na mesma folha, há uma fotografia do 1º Tenente Silvio Fontoura, subcomandante do destacamento de aviação local, definido como “hábil e arrojado, em pleno voo de acrobacia”.
Por último, um grupo também foi registrado na Fazenda Rio Branco, “sob as asas do Stinson 260 H.P”. A imagem em questão foi feita especialmente para o álbum gráfico de Campo Grande.
As páginas seguintes são de “panoramas de campo” com duas imagens de vista aérea de Campo Grande. No retrato da cidade, é possível ver algumas poucas quadras com a vegetação predominante, já que a urbanização estava em desenvolvimento.
Também destacando a “vista do alto”, outro retrato mostra como era a Rua Dom Aquino, caracterizada por “centros comerciais de grande movimento da cidade”.
Em outra matéria publicada pelo Lado B, também contamos sobre um jovem que havia saído de Mato Grosso do Sul para entrar na aviação.
“Um filho de Campo Grande dominando o espaço”, indicando o destaque do empresário Tibara, que havia matriculado seu filho, José, de 17 anos, na Escola Técnica de Aviação Civil do Rio de Janeiro.
Na descrição do álbum, o jovem é apresentado como um potencial destaque e orgulho sul-mato-grossense. “Como filho de Campo Grande, o aviador está fadado a ser, muito em breve, o nosso orgulho”, completa o texto sobre José Tibara
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