Kombi testa paciência, mas garante aventura de casal até o Paraguai
Aurineide criou “Cordelteca” e foi convidada a ir ao outro país para contar histórias e ser homenageada
Enfrentar 890 quilômetros de kombi, entre ida e volta, está sendo a nova aventura de Aurineide Alencar e José Alves de Oliveira. Para receber uma homenagem, espalhar a literatura de cordel e homenagear Mato Grosso do Sul, o casal aceitou o desafio de ir até o Paraguai “testando” a paciência.
Isso porque, desde 2019, os dois adotaram a kombi para transformá-la em uma cordelteca itinerante. Nesse caminho, muito se fala do charme e benefícios com espaço de sobra, mas também é preciso destacar o carinho necessário para não desistir do veículo que, vira e mexe, traz uma dor de cabeça.
Apaixonada por cordéis, Aurineide nasceu em Catolé do Rocha (Paraíba), mas Dourados ganhou seu coração. Já conhecida por escrever cordéis e não abandonar as raízes, a escritora foi celebrada como “madrina de honor” no Paraguai pela Academia Paraguaya de Literatura Moderna.
Além de ser uma visita ilustre, a cordelista tem feito palestras em escolas paraguaias e repetirá o processo em Foz do Iguaçu. No caminho, o gosto e crença na literatura é o que garante a paciência para cuidar da kombi.
“Passamos 12 horas de Pedro Juan até Hernandarias com parada para almoço em Salto del Guairá. Lá, depois de almoçarmos, a kombi nem dava partida. Ficamos, em média, duas horas para solucionar o problema”, descreve a cordelista.
Dessa vez, o defeito foi para conseguir dar partida no veículo, mas com paciência e um pouco de sorte, tudo certo. Aurineide explica que o “segredo” foi ir até um posto de combustível, comprar gasolina nova, adicionar ao carburador e conseguir dar a partida.
Antes da viagem, a Cordelteca passou por uma revisão e ganhou um alternador (transforma a energia mecânica do motor em energia elétrica) novo. Desde o último imprevisto, tudo funcionou bem e ainda tem muito caminho para seguir.
Hoje, o trajeto inclui duas escolas em Foz do Iguaçu, amanhã os dois irão visitar as Cataratas e, na quinta, o retorno será para Dourados.
O amor pela literatura de cordel é que me faz continuar gostando de viajar com a Kombi, apesar dos imprevistos. Por acreditar que o mundo é bom e que tudo pode ser melhor através da poesia. Então eu faço isso, porque a gente ama e, assim, é mais feliz”, completa a cordelista.
E, além do depoimento de Aurineide, ficam aqui algumas dicas sugeridas pela inteligência artificial sobre problemas comuns no veículo para quem também tem vontade de ter sua própria kombi:
Motor e Sistema de Arrefecimento
Problema comum: Superaquecimento, desgaste de peças internas e vazamentos de óleo.
Causa: O motor a ar (nos modelos mais antigos) exige manutenção regular e cuidados extras, pois é menos eficiente em resfriamento. O uso prolongado sem revisões pode levar ao desgaste prematuro.
Caixa de câmbio e embreagem
Problema comum: Embreagem patinando, dificuldade em engatar marchas ou barulhos na caixa de câmbio.
Causa: Uso contínuo em condições pesadas (carga/peso) e falta de lubrificação na caixa de marchas.
Freios
Problema comum: Desgaste rápido de lonas e pastilhas de freio, além de vazamentos no sistema hidráulico.
Causa: Sistema de freios simples, muitas vezes sobrecarregado, especialmente em Kombis usadas para transporte de carga.
Suspensão e Direção
Problema comum: Desgaste de amortecedores, buchas e terminais de direção.
Causa: Suspensão simples e robusta, mas que sofre bastante em estradas ruins ou com excesso de peso.
Sistema de Alimentação (Carburador ou Injeção Eletrônica)
Problema comum: Entupimento do carburador (em modelos antigos) ou falhas na bomba de combustível.
Causa: Uso de combustível adulterado, falta de limpeza periódica e envelhecimento das peças.
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