Maria transformou quintal em bar até com rede para dormir
Depois de morar no bairro por mais de 10 anos, ela decidiu criar um espaço para trabalhar em seu ritmo
Na Vila Margarida, um bar chama a atenção pela variedade de elementos que não costumam ser vistos em comércios do tipo: uma rede fixada entre duas árvores com gente dormindo ao lado das mesas e cadeiras, cantinho com flores e decorações em algumas folhas. Foi assim, pela curiosidade, que chegamos até o bar e, no fim, tudo fez bastante sentido, já que o comércio, na verdade, é antes de tudo o quintal da dona Maria.
Moradora do bairro há mais de dez anos, Maria do Carmo dos Reis, de 62 anos, conta que todos os cantos do comércio acabaram recebendo decorações que eram usadas em casa. Detalhando sobre os objetos, ela diz que os vasinhos de plantas são as extensões mais óbvias do lar, assim como a rede para descansar.
Longe do espaço ser bagunçado, a proprietária diz que a rede, um dos pontos mais diferentes, não é destinada aos clientes. Então, não adianta querer abandonar as cadeiras, a rede é de uso apenas da família e, comprovando os argumentos, quando chegamos ao bar, era o marido de Maria que estava dormindo por ali.
Antes, aqui era só o espaço de casa mesmo. Eu não trabalhava fora, então, resolvi abrir um negócio para mim. Até agora, todo mundo que vem acaba gostando", diz.
Para garantir que tudo siga na tranquilidade de quando a área era apenas um quintal, Maria narra que o horário de trabalho é reduzido e que os clientes costumam ser pessoas já conhecidas.
“Não gosto de muito tumulto, aqui é mais com pessoas que conheço. Também não gosto de bebedeira, então, é mais tranquilo”, comenta.
Além do bar, a proprietária diz que costumava vender algumas roupas no local, mas que o trabalho começou a ficar muito intenso e, por isso, voltou apenas para os serviços prestados inicialmente.
Já sobre as decorações em folhas, aparentemente ainda natalinas, Maria comenta que tudo no espaço é feito com amor. Por isso, tudo é simples, mas garante que as pessoas gostam e querem continuar frequentando.
Sem pretensões de ampliar o atendimento, ela garante que hoje já realizou seu sonho de ter o próprio negócio e que, a partir de agora, a intenção é trabalhar cada vez menos.
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