Motoentregador perde presente e campanha para achar dono viraliza

“No final, o maior presente que eu ganhei foi deixar a importância da honestidade para os meus filhos”, resume o marceneiro Ricardo Ono sobre a saga para devolver um presente encontrado na Vila Bandeirantes. Tendo gravado um vídeo para contar sobre a história, ele viu o registro viralizar e garantir um final feliz.

Quando estava retornando ao serviço após o almoço nesta terça-feira (30), a esposa de Ricardo encontrou um presente embrulhado na região da Rua Brilhante. Inicialmente, imaginou que fosse um pacote de fralda, mas quando percebeu o embrulho, decidiu levar consigo.

Sem saber o que fazer, a primeira tarefa foi avisar o marido e, sem pensar duas vezes, Ricardo teve a ideia de compartilhar o achado para procurar pelo dono. “Meus filhos estavam perto e ficaram empolgados porque minha esposa tinha achado o presente. Na mesma hora, eu falei que não era deles e que a gente iria achar o dono”.

Sobre a vontade de devolver o quebra-cabeças, ele explica que só conseguia pensar na criança que estava sem o presente e, graças à internet, deu tudo certo.

“De noite, quando minha esposa chegou com o presente, a primeira ideia foi fazer o vídeo e postar no Instagram e no grupo de WhatsApp. Por volta das 22h30min, eu estava treinando e o rapaz ligou para mim”, relata.

Ao retornar a ligação, Ricardo descobriu que um motoentregador havia perdido o brinquedo no caminho e só quando chegou na casa do cliente é que percebeu. “Ele veio hoje de manhã graças à repercussão que foi muito grande, maior do que eu imaginava”.

Para não gerar problemas ao responsável pela entrega, ele não foi identificado e apenas conversou com Ricardo. “Depois, o proprietário da loja do brinquedo entrou em contato, quis saber da história e, no fim, meus filhos foram presenteados. A gurizada ficou feliz demais”, diz.

Pensando sobre toda a saga, o marceneiro comenta que os melhores resultados foram conseguir devolver o presente e ainda garantir ensinamentos para seus filhos, João Miguel e Maria Eduarda, de 11 e 9 anos.

“No início, eles ficaram frustrados porque não ficaram com o presente. Ainda tem muito a ideia de que o acha não é roubado, mas consegui plantar a semente de que a honestidade é o maior ensinamento”, completa.

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