Na casa dos 70, nem chuva faz irmãs abandonarem amor pelo Carnaval
Sebastiana e Celina chegam nos primeiros horários dos blocos de rua e só saem quando a festa acaba
Pouco depois de chegarem na Esplanada Ferroviária, Sebastiana e Celina de Moraes começaram a sentir a chuva assustar os foliões neste domingo (11), mas nenhuma gota fez com que as irmãs decidissem voltar para casa. Aos 73 e 70 anos, elas contam que o amor pelo Carnaval é antigo e não vai embora fácil.
Com colares havaianos no pescoço, as duas irmãs ainda levaram uma amiga para aproveitar o bloco Capivara Blasé e garantir que mais um ano entraria na história de festas. A mais animada da dupla, Sebastiana conta sobre como faz questão de se manter no Carnaval.
“É uma festa que acontece só uma vez no ano, então tem que aproveitar mesmo. Essa é a dica para os mais novos”, anuncia a senhora mais velha sobre o que tem de ensinamentos para as novas gerações.
Tendo começado a aproveitar esse período do ano quando tinha cerca de 17 anos, Sebastiana explica que seu Carnaval era diferente. “A gente ia para os clubes, então se divertia no Clube União, depois ia para o Rádio Clube. Muita gente fazia isso também”.
Ao contrário das crianças e adolescentes que se espalham pelas ruas com os blocos hoje, Sebastiana detalha que só conseguiu iniciar sua jornada quando a vida adulta já estava chegando.
Mesmo assim, ela comenta que conseguiu aproveitar mais do que muita gente e sabe disso. A ideia de se divertir continua ativa e, por isso, ela brinca que só sai da Esplanada quando realmente precisar.
Nós chegamos cedo e vamos embora quando a festa acabar. Eu gosto de dançar, gosto do Carnaval, diz Sebastiana.
Acompanhando a irmã, Celina brinca que todos os anos é “arrastada” por Sebastiana para que não falte no Carnaval. “Tem vez que eu estou mais desanimada, mas ela continua me chamando, continua fazendo com que a gente venha de toda forma”.
Assim como é para Sebastiana, a mais nova explica que vê o Carnaval como mais um modo de aproveitar a vida.
“A gente não falta e vem até porque não sabemos do amanhã, a gente não sabe se ano que vem vamos estar aqui. Então, temos que vir mesmo”, relata Celina.
E, comprovando que a meta era realmente se divertir, foi só a chuva começar que Sebastiana já disse que iria encontrar um local para se proteger e que a festa continuaria logo em seguida. Por sorte ou ajuda divina, as gotas pararam em alguns minutos e o bloco continuou sem se molhar no restante do domingo.
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