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Comportamento

Na concorrência pela fama de casamenteiro, São José tem bolo com alianças

Anny Malagolini | 20/03/2013 06:30
Fila pela fatia do bolo de São José. (Fotos: João Garrigó)
Fila pela fatia do bolo de São José. (Fotos: João Garrigó)
Mariana encontoru o marido dois dias após uam das festas em homenagem ao santo.
Mariana encontoru o marido dois dias após uam das festas em homenagem ao santo.

Quem não tem paciência para esperar Santo Antônio, em junho, recorre a São José. Ou, para aumentar as chances de casamento, reza para os dois.

Na concorrência pela fama de casamenteiro, o dia de São José copia tradição criada para Santo Antônio, um bolo gigante, com alianças escondidas. Funciona da mesma forma: encontrar a jóia já é um bom começo para os que sonham com o matrimônio.

Em Campo Grande, há 5 anos o dia 19 de março deixou de ter apenas procissão na Paróquia São José para incorporar à festa o bolo casamenteiro.

O responsável pela missa explica a diferença entre os dois santos requisitados, principalmente, pelas fiéis. “Santo Antônio ajuda a formar a família e São José ajuda a manter”.

Padre Leandro conta que o bolo com as aliança surgiu como uma brincadeira, mas mostrou resultados. “Já fiz o casamento de uma fiel que encontrou as alianças e anos depois trouxe os filhos gêmeos para batizar também aqui. Mas tudo depende da fé de cada pessoa”, dá a dica.

Na 5° edição da festa de São José, cerca de 2 mil pessoas apareceram na igreja mais tradicional da cidade, o lugar mais procurado pelos noivos para a celebração de casamentos, são 15 por mês.

Aos pedaços - Ontem à noite, em 120 quilos de bolo, um par de alianças foi disputado fatia a fatia.

Na fila, a professora Andrea Silva, de 30 anos, do tipo que não desiste nunca. Ano passado foi ela quem encontrou uma das alianças escondidas entre glacê e massa, só não achou foi o marido. Confiante de que este ano tudo será diferente, ela apostou de novo no bolo de São José. “A esperança ainda existe”, brinca.

Mesmo com a fatia vendida a R$ 3,00, Adrielly Quintos tratou de comprar logo três pedaços. “Venho à festa para comer o bolo há três anos e na igreja Santo Antônio também”, conta.

Quem tem fé, jura que o santo tem mesmo poder de união. No dia 19 de março de 2009, a analista de sistemas Mariana Ciecelski Meura comeu o bolo, não encontrou o anel, mas dois dias depois se deparou com o atual marido. Passado 1 ano e meio, o casamento ocorreu na própria Igreja São José. “Este ano viemos para renovar os votos”, diz ao lado do marido.

Histórias como a de Mariana dão força à balconista Rosimeire da Silva, de 40 anos. Ela joga todas as fichas em dias de santos casamenteiros, sempre otimista. “Com certeza dessa vez eu encontro alguém. Por isso já comprei dois bolos. É esperança dupla”, brinca.

Jovens e bonitas, nem as amigas deixaram o bolo de lado.
Jovens e bonitas, nem as amigas deixaram o bolo de lado.
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