Na primeira viagem em família, Ester “correu” maratona com os pais
Laura e Fleuryr adotaram neste ano a menina de três meses que chegou mais cedo que o esperado
Em março de 2022, o casal Laura Diniz Rosa e Fleurye da Cruz avançaram mais uma etapa no processo de adoção. Um ano depois, eles cruzaram a linha de chegada da maratona de São Paulo com Ester Diniz da Cruz, de 3 meses nos braços.
A primeira viagem foi marcada por um misto de emoções para os pais que neste mês completam com ela os 60 dias de adoção. A chegada de Ester é considerada um presente de Deus e algo sobrenatural para o casal que está junto há 13 anos.
Em casa, a família vive dias de sonho com a bebê que junto com os pais se adapta à nova rotina. Laura e Fleuryr celebram a chegada da criança, que veio mais cedo do que pensavam. "Eu achei que ia demorar uns cinco anos", diz Fleuryr.
Laura comenta sobre o primeiro encontro com a filha, que após dois dias já estava em casa. "Ela veio antes, foi algo inesperado, algo de Deus na nossa vida. Em dois dias estávamos com ela. Chamaram a gente na terça-feira e às 17h estávamos conhecendo ela. No dia que fomos, ela estava com 14 dias e quando pegamos ela estava com 16 dias”, conta.
Com férias marcadas para o Nordeste, o casal não pensou duas vezes antes de cancelar. A viagem para São Paulo, no entanto, foi um dilema. “A gente estava com férias marcadas e com essa viagem da maratona marcada desde dezembro. Ficamos na dúvida da maratona, mas conversamos com a pediatra e ela falou que tudo bem”, afirma Laura.
Dividir esse momento com a pequena, conforme a mãe, foi algo único. “Ela fez o percurso todo dos 5 quilômetros comigo. Eu cheguei, fiquei, terminei aí ela que ela acordou 8h20 pra mamar. Eu iria correr 10 quilômetros, mas como ela chegou decidi que ia empurrando o carrinho. A energia foi muito boa, o pessoal gritando: ‘É isso aí mamãe’, comenta.
Depois de fazer a prova com a mãe, Ester também teve um momento com o pai que fazia outro trajeto. Minutos antes da linha de chegada, Laura entregou a bebê para o marido que também teve um momento emocionante.
Fleuryr relata que durante toda a maratona se cuidou para no término poder fazer o que mais queria. “Eu não queria bater nenhum recorde, só queria chegar bem pra ter força pra pegar e levantar ela o mais alto que pudesse”, destaca.
O ato estava sendo imaginado há muito tempo pelo homem que sonhava com a paternidade. “Foi a realização de um sonho. Eu sempre quis ser pai e ela veio dessa forma pra gente, tão pequeninha, nossa princesa”, relata.
A alegria do casal é maior por saber que agora podem compartilhar com Ester coisas que gostam de fazer, como correr. Essa inserção, conforme Laura, é extremamente importante.
“Foi algo mágico na nossa vida porque a corrida e o esporte sempre esteve junto da gente. Quando ela veio eu fiquei com medo disso se perder por causa da rotina, mas a pastora veio em casa e falou algo muito sábio que é a criança que se insere na vida dos pais. Então a gente tem que trazer ela pro nosso dia a dia”, pontua.
Por enquanto a família não sabe qual será a próxima maratona que irão participar. Até lá, Fleuryr espera poder fazer a prova bem pertinho da filha. "Ano que vem quero fazer a maratona mesmo com ela, quero correr empurrando o carrinho", declara.
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