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Comportamento

Na UFMS, qualquer aluno vai poder estudar "Gênero e Diferenças" em 2020

A disciplina quer discutir de forma mais qualificada as questões de hoje em relação às mulheres negras e pessoas trans

Alana Portela | 10/12/2019 14:03
Apresentação das pesquisas do Impróprias aos acadêmicos recém chegados ao Bacharelado em Ciências Sociais da UFMS.(Foto: Arquivo pessoal)
Apresentação das pesquisas do Impróprias aos acadêmicos recém chegados ao Bacharelado em Ciências Sociais da UFMS.(Foto: Arquivo pessoal)

A diversidade é pauta aqui desde que o Lado B começou a trilhar o caminho do jornalismo de comportamento em Campo Grande e tem encontrado grandes parceiros ao longo da jornada. Em especial o Grupo Imprópria, que já foi assunto por aqui diversas vezes. Existente há cinco anos dentro da UFMS é ele o responsável por ofertar, em 2020, a disciplina "Gênero e Diferenças", aberta a todos os acadêmicos da instituição.

Parte do projeto pedagógico do bacharelado de Ciências Sociais, o coordenador do grupo e doutor em Ciências Sociais, Tiago Duque, explica que a experiência de ter alunos de diferentes cursos tem sido muito boa. "É 100% presencial para 40, até 50 alunos. É uma disciplina interna, como outras que a Universidade já tem e que colaboram na formação do aluno", diz. 

A disciplina quer discutir de forma mais qualificada as questões de hoje em relação às mulheres negras, pessoas trans, entre outras que não estão tendo política públicas voltadas para si. A primeira aula, em 2020, será para reconhecer o público matriculado, apresentar o professor e a disciplinas, os autores e métodos de avaliação.

Na segunda aula entra o assunto “Gênero”, dentro de uma abordagem variada onde os grupos de pesquisas se organizam em termos teóricos e metodológicos. "É um conceito que ajuda a pensar nas diferenças, não é uma abordagem que olha como sinônimo de mulher ou homem, a diferença não vai ter tratado como algo depreciativo", explica Tiago. A ementa ainda inclui convidados falando de suas vivências como lideranças do movimento social e pesquisadores. "A disciplina vai ajudar a errar menos, mesmo não tendo uma dimensão prática, certamente vai impactar para fora do muro da universidade", acredita o coordenador. 

As aulas começam no final de fevereiro, todas as sextas à tarde.  A disciplina tem textos obrigatórios e mais os optativos para quem quiser se aprofundar no debate. O trabalho final é construído ao longo do semestre, a avaliação é processual. Os interessados em se matricular devem procurar informações na secretaria acadêmica do seu curso ou na coordenação. Outras informações podem ser adquiridas pelo e-mail do professor responsável: tiago.duque@ufms.br.

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