Nada de afeto virtual: Manu se emocionou com carta de 5 metros
Contrariando fluxo cada vez mais online, a menina de 12 anos gosta é de escrever e receber cartas
Desde pequena, Emanuelly Maria Moraes aprendeu que ler era algo prazeroso e, conforme o tempo passou, também se conectou com a escrita. Unindo a paixão pelas letras com a preferência por amizades do mundo real, a adolescente de 12 anos encontrou colegas que dividem o gosto e, nesta semana, se emocionou com uma carta de cinco metros.
“Fiquei muito feliz porque não imaginava que iria receber e eu já tinha visto uma carta assim, inclusive fiz uma para outra amiga minha e também para minha avó. Ela é que foi minha inspiração”, descreve Manu. No próximo fim de semana, a estudante completa 13 anos e a carta de metros, como era conhecida anos atrás, foi um presente.
Mais feliz com as palavras de incentivo e carinho do que caso ganhasse algo comprado, ela explica que escreve pouco para a família e costuma se dedicar a fazer as cartas para amigas. Isso porque a reciprocidade existe entre elas.
Pai de Manu, o pedagogo e locutor Rodrigo Moraes ficou surpreso, tanto com o fato de adolescentes ainda escreverem cartas quanto com o tamanho da produção. Ele mesmo escreveu poucas e acredita que a maior influência para a filha realmente foi sua mãe.
Segundo Rodrigo, sua mãe ajudou a criar Emanuelly e essa união foi um efeito extremamente positivo. “É algo que cresceu nela de acordo com aquilo que viu nas avós, porque minha mãe, por exemplo, sempre gostou de escrever cartas, diários. Como ela criou a Manu boa parte do tempo, teve essa influência”.
E, antes mesmo da parte das cartas, a presença de livros e textos educativos também esteve presente no cotidiano da menina.
“Esse contato da Manu com a escrita aconteceu por ela ser uma pessoa que gosta de ler. Quem gosta de ler, gosta de escrever. Ela sempre gostou de livros de romance, de aventura, criamos ela assistindo DVDs educativos”, explica sobre a aproximação com os textos e aprendizados.
Pensando de forma geral sobre os benefícios, o pai defende que a conexão com o mundo fora das telas é um dos pontos que mais se destacam. Isso porque o isolamento pode ocorrer quando as crianças e adolescentes focam extremamente no virtual.
“Em um mundo tão digital, essa construção dela com as amizades, esse carinho que ela recebe é importante e ela vai levar para a vida toda. Ela ficou emocionada quando recebeu, chorou e ficou mesmo mais feliz do que se tivesse ganho um presente comprado”, completa o pai.
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