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Comportamento

Pai reencontra filha com reportagem e vem da Inglaterra para abraço

Raimundo e Raniely não se viam há 18 anos, quando ele separou da mãe dela; o reencontro foi neste mês aqui em MS

Lucas Mamédio | 30/08/2020 07:16
Raimundo e Raniely fazendo passeio em Rio Verde (Foto: Arquivo Pessoal)
Raimundo e Raniely fazendo passeio em Rio Verde (Foto: Arquivo Pessoal)

Após 18 anos, Raimundo Nonato do Nascimento Carvalho e Raniely da Silva Carvalho, pai e filha, se reencontraram pessoalmente. O abraço foi dado no último dia 14, em Rio Verde, no interior do Estado. O Lado B acompanha desde abriu deste ano a saga de Raimundo, que é piauiense, mas mora na Inglaterra há muitos anos, para reencontrar a filha, que tinha visto só quando pequena, no começo dos anos 2000.

Foram feitas duas reportagens sobre os dois na mesma data: 30 de abril. Uma em que falamos com Raimundo (depois de sermos procurados por ele) sobre a busca que fazia pela filha. Ele sabia apenas que ela havia se mudado para Campo Grande na infância. A outra, na tarde do mesmo dia, já com Raniely, que foi encontrada graças à ajuda de policiais civis do setor de desaparecidos da DEH (Delegacia Especializada em Repressão aos Crimes de Homicidios), em Campo Grande, que leram a reportagem.

Os dois ficaram 18 anos sem se verem (Foto: Arquivo Pessoal)
Os dois ficaram 18 anos sem se verem (Foto: Arquivo Pessoal)

A partir daí os dois conversaram por telefone e começaram a estreitar os laços. Até que Raimundo veio ao Brasil só para reencontrar a filha.

O pai descreve o momento como o mais emocionante de sua vida. “O reencontro foi maravilhoso, foi muito emocionante, fiquei muito feliz de poder vê-la depois de 18 anos. Pra mim foi prazeroso demais. Conheci a família dela, os pais dela. Fui bem recebido por todo mundo. Fico sem palavras”.

Depois passar três dias em Mato Grosso do Sul, Raimundo ainda levou a filha para o Piauí, onde ela pôde conhecer parte da família dele, avós e primos e depois para Goiás, onde conheceu outra parte.

“Trouxe ela pro Piauí também. Nós viajamos pelo estado, ela ficou aqui três dias, conheceu meus pais, os primos dela, toda minha família. Fomos pra Goiás também, conhecer a outra parte da minha família. Foram dias inesquecíveis. Vou embora pra Inglaterra super feliz”, diz Raimundo.

Sobre a reação da filha ao vê-lo, o professor de capoeira disse que não poderia ter sido melhor. “A gente conversou, eu pedi desculpas pra ela, pra me perdoar, pelo tanto de tempo que a gente ficou sem se ver, antes não tínhamos acesso à internet ainda, às redes sociais, mas ela entendeu, disse que me perdoava, pra gente viver daqui pra frente”.

Único retrato que Raimundo carregou de Raniely durante 18 anos (Foto: Arquivo Pessoal)
Único retrato que Raimundo carregou de Raniely durante 18 anos (Foto: Arquivo Pessoal)

Já a filha, que foi buscar o pai no aeroporto quando ele chegou a Campo Grande, conta que quase não acreditou quando o viu pessoalmente. “Não acreditei no que estava acontecendo. Foi muito bom de ver ele ali na minha frente, ao vivo e a cores. A gente conversando a gente se dá super bem, como amigos, como pai e filhos, a gente já cuida um do outro”.

Sobre a “nova” família, Rany, como é chamada, também é só elogios. “Amei meus avós. Me trataram como rainha. Eles se encantaram por mim e eu por eles. São pessoas simples, mas são super carinhosos. Já estou com saudade deles.”

Agora, Rany já está em Rio Verde de novo e Raimundo está no Piauí, de onde pega um voo na semana que vem para Inglaterra. A única vontade dos dois é se reencontrarem na Inglaterra no fim do ano. “Se Deus quiser no fim do ano vou visita-lo na Inglaterra”, diz a filha.

Contato perdido - Raimundo foi para Goiânia em 1993, onde morou por dois anos. Nesse tempo, conheceu a mulher com quem teve a filha. “Moramos juntos no Jardim Granada II, de 1996 a 1998. Depois, nos separamos e eu continuei dando aula de capoeira”.

Naquela época, após a separação, Raimundo afirma que manteve contato com Raniely. “Ela ficava comigo a cada 15 dias. Passávamos os fins de semana juntos, mas em 2002 não tive mais notícias. Soube pelos vizinhos que tinha se mudado”.

O pai reconhece que não foi atrás de mais informações. “Trabalhava e viajava com a capoeira pelo Brasil e América do Sul. Pensava em procurá-la, mas não sabia como e fui deixando. Antes, era difícil, hoje se tornou mais fácil por conta das redes socais”.

Raniely pôde conhecer parte de sua família (Foto: Arquivo Pessoal)
Raniely pôde conhecer parte de sua família (Foto: Arquivo Pessoal)

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