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Comportamento

Para cada fase da vida, todo mundo tem a sua trilha sonora "do peito"

Pelo visto, o campo-grandense tem trilha sonora de sobra pra cada momento da vida; confira as músicas que o Lado B descobriu!

Raul Delvizio | 21/02/2021 09:55
Campo Grande News - Conteúdo de Verdade

A música é como se fosse uma entidade que, vez ou outra, nos faz tocar a alma"

Que todo mundo tem grandes momentos que marcaram sua vida, isso é certo. Mas será que também levam consigo uma trilha sonora a "tocar de fundo" para cada um deles? Pelo visto, o campo-grandense tem de sobra. É o que a enquete do Lado B perguntou e acabamos por descobrir: para cada fase da vida, seja na alegria de uma ocasião especial ou na "bad" de um evento traumático, cada um de nós tem aquela música ou artista predileto, que fala diretamente conosco quase que no pé do nosso ouvido.

Antes que embarcasse no ônibus a caminho de casa, conversamos rapidamente com Márcio Ribeiro. Músico e instrumentista corumbaense de 53 anos, ele já mora em Campo Grande há muito tempo e por aqui leciona a tal da "entidade".

Para o corumbaense, toda música já está valendo (Foto: Kísie Ainoã)
Para o corumbaense, toda música já está valendo (Foto: Kísie Ainoã)

"Para mim, qualquer tipo de música já tá valendo. O que importa é guardarmos aquele sentimento verdadeiro dentro de nós. É assim que a arte conversa com a gente, de alguma forma nos toca e nos marca para uma vida inteira", considera.

Pouco mais de 20 anos mais jovem, Douglas Souza concorda: "depende do momento. Para cada fase da vida, vale uma música". No momento dele, a da vez é o tom mais melancólico. "Ando mais reflexivo, assim como todo mundo nesta pandemia. É o que também está acontecendo comigo. Agora, tenho curtido ouvir uma 'bad vibe' internacional, um som mais asiático. É o que anda batendo no meu coração", justifica.

"Cada música combina com o momento que você está vivendo", disse o rapaz (Foto: Kísie Ainoã)
"Cada música combina com o momento que você está vivendo", disse o rapaz (Foto: Kísie Ainoã)
Aqui, Douglas mostrou a playlist que estava escutando no celular (Foto: Kísie Ainoã)
Aqui, Douglas mostrou a playlist que estava escutando no celular (Foto: Kísie Ainoã)

Mas quem disse que música é só alegria e tristeza, está enganado. Nem canção de ninar, nem cantiga de roda, que tal uma versão nacionalista para lembrar de casa? Na Praça Ary Coelho, encontramos o casal de venezuelanos Dowson Halange, 21 anos, e Kairuza Isamar, 30. Morando há pouco mais de 2 meses no Brasil, em especial aqui na Capital de MS, eles trouxeram os filhos e a avó em busca da sorte no que eles já consideram "uma boa cidade, cheia de oportunidades".

Na ocasião da conversa, Kairuza até fez questão de cantar um trechinho de "Viva Venezuela", uma recordação de sua terra que agora deixou pra trás. Sobre a própria trilha sonora do casal, os dois custaram a entender a pergunta em nosso português de "erre (R) engraçado", com disseram, e caíram na risada.

Olhando nos olhos um do outro, concordaram: "escreve aí, 'Manancial de Amor'. Essa é a nossa música". No gênero do vallenato, típico na Colômbia, quem é venezuelano também conhece. Para os "pombinhos", amor é o que não falta.

Fofos, casal venezuelano bateu um papo com o Lado B e falou da cultura de sua terra natal (Foto: Kísie Ainoã)
Fofos, casal venezuelano bateu um papo com o Lado B e falou da cultura de sua terra natal (Foto: Kísie Ainoã)
Para os dois, o ritmo do vallenato fala diretamente sobre o amor entre eles (Foto: Kísie Ainoã)
Para os dois, o ritmo do vallenato fala diretamente sobre o amor entre eles (Foto: Kísie Ainoã)

E por falar nisso, "Sweet Dreams (Are Made of This)", do grupo britânico Eurythmics, fez os "anos dourados" de Lídia Martins. "Era a música do meu grande amor, pai da minha filha, que faleceu tão jovem aos 22 anos. Nunca mais esqueci dele ou dessa canção. Sempre colocávamos em festas e curtíamos juntos. Vivia intensamente ao lado dele, nos anos 80. Foi a melhor época da minha vida", recorda.

A pergunta fez Lídia lembrar do amor do passado nunca esquecido (Foto: Kísie Ainoã)
A pergunta fez Lídia lembrar do amor do passado nunca esquecido (Foto: Kísie Ainoã)

Já para Marcos Vinicius Menezes, de 24 anos, o hit "No Regrets" da banda mais moderninha MAGIC! vai até virar tatuagem. "É uma música sobre arrependimentos, e isso me faz voltar à infância, aos traumas de criança. Fala diretamente comigo. Tanto é que ainda pretendo fazer uma tattoo com a letra", revela.

Por mais que ficará marcado na pele, isso não significa que essa é a música da sua vida. "Temos sempre que mudar e é importante sim que mudemos. Para cada momento vivido, uma canção, uma jornada, um passado, uma lembrança. É assim que é a vida, do jeito que tem que ser", finaliza.

Curta o Lado B no Facebook e no Instagram. Tem uma pauta bacana para sugerir? Mande pelas redes sociais, e-mail: ladob@news.com.br ou no Direto das Ruas através do WhatsApp do Campo Grande News (67) 99669-9563.

"Temos sempre que mudar nossa trilha sonora. Faz parte da vida", disse Marcos (Foto: Kísie Ainoã)
"Temos sempre que mudar nossa trilha sonora. Faz parte da vida", disse Marcos (Foto: Kísie Ainoã)
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