Para encontrar corrente de ouro, Márcia ficou 1 ano sem tomar tereré
Apaixonada pela bebida, a policial penal até fez uma tatuagem para não se esquecer da promessa
Em um momento de desespero e acreditando que apenas as forças celestes poderiam a ajudar, Márcia Maria dos Santos Souza resolveu fazer uma promessa maluca: ficar um ano sem tomar tereré caso conseguisse encontrar a corrente de ouro que havia perdido. Apaixonada pela bebida, a policial penal conta que em minutos ela encontrou o bem e, já tendo passado pelos 12 meses sem relar em um tereré, a história virou até tatuagem.
Assim como Márcia, 22% dos leitores do Campo Grande News responderam em enquete aberta neste sábado (21) que já fizeram uma promessa maluca nos momentos de dificuldade. Já a maioria garante que não precisou chegar a esse ponto.
Relembrando sobre os momentos que fizeram a promessa surgir, Márcia conta que a única corrente que nunca saía de seus olhos se perdeu em maio do ano passado. Naquele período, ela havia viajado para o Interior e passado por alguns exames médicos, fazendo com que a procura se tornasse ainda mais difícil.
Sua casa e a de sua mãe foram viradas de cabeça para baixo, a família fez uma busca intensa pelos quintais em Aquidauana e, em dois dias de procura, nada foi achado. “Eu já triste porque era algo que eu tinha muito carinho, pensei no que poderia fazer e pedi pra Deus. Fiz o voto de que, se eu encontrasse a corrente, iria ficar um ano sem tomar tereré”.
Independente do que os outros pensavam sobre a prece, a policial penal explica que a ideia realmente veio como a última esperança. “Tem gente que pode pensar que era só um bem material, mas era algo caríssimo e que minha companheira me deu. Ela trabalhava à noite para pagar isso e é algo que tenho muito carinho”.
Sem precisar esperar muito, a policial penal se lembrou do único lugar em que não havia procurado. “Assim que eu fiz a promessa me deu um estalo de algo me dizendo ‘vai lá no carro que está na sua mãe e vê’. Quando cheguei lá e procurei, a primeira coisa que saiu da roupa foi a corrente!”, conta.
Naquele momento, a felicidade se misturou com emoção e, conforme ela relembra, não sabia se dava risada ou se chorava por ter acabado de fazer a promessa envolvendo tanto tempo.
Eu fiz do tereré porque é algo que eu tomo a todo momento. Cerveja eu tomo no fim de semana, leite uma vez por dia, então não é tanto. Com o tereré seria mais difícil e foi porque aqui é quente demais, então bebo pelo menos três vezes no dia, detalha.
Feliz por ter encontrado a corrente e sabendo que o caminho dos 12 meses sem o tereré seria difícil, a policial resolveu fazer até uma tatuagem para não se esquecer da história. “Eu tinha marcado de fazer uma outra tatuagem, aí aproveitei para fazer dessa também e gostei. Agora está aqui para sempre”.
Depois de um ano tendo de explicar sobre a promessa, Márcia já matou a saudade do tereré e conta que hoje só consegue pensar na gratidão por ter encontrado a corrente. “Tenho muita fé e gratidão porque sei que se eu não tivesse feito a promessa, não sei quando iria encontrar”.
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