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Comportamento

Para salvaguardar natureza, Lilian quer fazer mulheres de comunidades terem voz

A proposta faz parte do programa Corredor Azul do grupo Wetlands International Brasil para preservar o meio ambiente

Alana Portela | 11/03/2020 08:03
Lilian Ribeiro Pereira fala sobre a importância de dar voz a mulher. (Foto: Kísie Ainoã)
Lilian Ribeiro Pereira fala sobre a importância de dar voz a mulher. (Foto: Kísie Ainoã)

Com a proposta de preservar o meio ambiente e dar voz às mulheres de comunidades, é realizado o Programa Corredor Azul da instituição Wetlands International Brasil e parceria com a Mupan (Mulheres em Ação no Pantanal). A ideia conta com o apoio de Lilian Ribeiro Pereira que é coordenadora de assuntos relacionais as comunidades indígenas e tradicionais, e consultora do programa.

“Tenho trabalhado com as comunidades e o princípio é empoderar as mulheres, trazendo-as para as discussões de órgãos públicos. Temos buscado ouvi-las nos debates que dizem respeito ao seu território, cultura e modo de vida. Trabalhamos com as comunidades, como Kadiwéu, sobre gestão territorial e ambiental do território indígena como todo”, explica.

A comunidade recebendo o programa Corredor Azul. (Foto: Acervo Programa Corredor Azul)
A comunidade recebendo o programa Corredor Azul. (Foto: Acervo Programa Corredor Azul)

Lilian tem 30 anos, é geógrafa e atua no projeto desde 2017. Ela conta que há 20 anos surgiu a Mupan, na qual tem mulheres que atuam para difundir a conversa sobre preservação ambiental e conservação da natureza.

Ela comenta sobre como é realizar o projeto dentro das comunidades. “Recebemos um convite para irmos até um território para trabalhar com as mulheres, mas chegando lá também foi preciso trabalhar com o território. Foram dois anos com eles e hoje temos um plano de vida que os indígenas Kadiwéu fizeram. Conseguiram colocar no papel o que pensam para o futuro e o que é necessário preservar”.

Na época, o grupo desenvolveu oficina de mapeamento de território e composição de mapas. “Tentamos trabalhar com as mulheres, para que tivessem mais liberdade para falar, se expressar. Tentamos trazê-las para o centro das discussões”, relata a coordenadora da proposta.

O pessoal do programa visitando uma família indígena. (Foto: Acervo Programa Corredor Azul)
O pessoal do programa visitando uma família indígena. (Foto: Acervo Programa Corredor Azul)
As mulheres indígenas ouvindo a proposta sobre empoderamento. (Foto: Acervo Programa Corredor Azul)
As mulheres indígenas ouvindo a proposta sobre empoderamento. (Foto: Acervo Programa Corredor Azul)

Para Lilian, é preciso dar voz àquelas que estão inseridas no meio. “O emponderamento é uma forma de fazer sobreviver a cultura delas. A gente vê muitas coisas relacionadas aos costumes se perdendo porque não tem a comunicação”, destaca.

Desde que começaram a visitar as comunidades de Mato Grosso do Sul, Lilian comenta que já notaram melhorias. “Principalmente mudanças na salvaguarda ambiental e conseguimos até influenciar algumas ações políticas. Fizemos várias visitas, em alguns momentos, realizamos contação de história para saber das mulheres o que elas conheciam das áreas úmidas”.

O Programa Corredor Azul é da Wetlands International Brasil ocorre em parceria com a Mupan e trabalha a conectividade do sistema Paraná-Paraguai de áreas úmidas. “Somos responsáveis pela parte do Pantanal, desde Corumbá até Cáceres”, diz. O grupo atua nas comunidades indígenas de Aquidauana, Porto Murtinho, Nioaque e até Fuerte Olimpo, no Paraguai.

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