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Comportamento

Peão que morreu combatendo fogo era conhecido como ‘Esperança’

Edson Genovez dedicou a vida a ao campo, foi guia de pesca e atuou em vários hotéis e fazendas da região

Por Aletheya Alves | 28/09/2024 07:10
Edson sempre trabalhou com meio rural. (Foto: Arquivo pessoal)
Edson sempre trabalhou com meio rural. (Foto: Arquivo pessoal)

Há pouco mais de um mês, Edson Genovez morreu após tentar combater o fogo em fazenda no Pantanal. Ainda se recuperando da tragédia, os oito irmãos do peão se reuniram para dizer que Esperança, como era conhecido, deixou um legado de carinho e alerta.

“Essa homenagem também é boa para que as pessoas tenham consciência de não colocarem mais fogo”, introduz Amelia sobre a decisão de o grupo aceitar falar sobre Edson apesar da dor. No dia 7 agosto, o irmão sofreu o acidente e uma semana depois chegou a notícia de que ele havia partido.

Edson, o Dudu, trabalhava em uma fazenda na região de Corumbá quando tudo aconteceu. Os irmãos explicam que ele, assim como outros funcionários, estavam empenhados em fazer aceiros para controlar a presença dos incêndios.

“Isso sempre ocorre quando a região está sofrendo com grandes incêndios. No dia do acidente, ele havia passado a noite toda na máquina e no momento, devido ao avanço do fogo, os peões estavam se retirando do local”, descrevem.

Irmãos se reuniram para prestar homenagem a Esperança. (Foto: Arquivo pessoal)
Irmãos se reuniram para prestar homenagem a Esperança. (Foto: Arquivo pessoal)

Quando Edson voltou para tentar retirar uma máquina, foi surpreendido pelo fogo devido à força do vento e ficou preso.

Contando sobre o irmão, eles explicam que Dudu trabalhou grande parte da vida como campeiro, mas também foi guia de pesca e atuou em vários hotéis e fazendas da região.

“Sempre muito querido e amado por todos. Ele foi um irmão abençoado por Deus, era amigo, trabalhador, honesto, caridoso e muito calmo”.

Além dos irmãos, Esperança também tinha uma filha de 13 anos. “Ele lutava para cumprir com todas as obrigações, era um pai maravilhoso, um ser humano incomparável e amava os animais”, narram os irmãos.

Pensando sobre o que fica de Dudu, o consenso é de que o irmão mantém o legado, infelizmente, os alertas.

“Ele nos deixou um legado de homem forte, honesto, trabalhador, humilde e de um coração lindo que jamais esqueceremos. Lembraremos eternamente dos momentos de descontração que tínhamos com ele brincando e rindo com todo mundo. Sempre sorrindo, ele será sempre o nosso herói”, completam.

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