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Comportamento

Renata descobriu em madrasta de Aiyra apoio para o que der e vier

No Dia das Mães, Lado B mostra importância da rede de apoio e que madrasta não é sinônimo de 'má'

Jéssica Fernandes | 14/05/2023 07:23
Renata Dias, Aiyra Jurgielewicz e Raisa Malheiros. (Foto: Arquivo pessoal)
Renata Dias, Aiyra Jurgielewicz e Raisa Malheiros. (Foto: Arquivo pessoal)

A rede de apoio da Renata Dias Silva, de 33 anos, é essencial no dia a dia. A bióloga sabe que independente da ocasião pode contar com o auxílio de Raisa Malheiros, de 34 anos. Na vida de Aiyra, de 4 anos, cada uma representa um papel e função. Renata é a mãe e Raisa a madrasta que foge dos estereótipos reforçados em famosos contos de fada.

Na vida real nenhuma é a vilã ou mocinha, mas sim duas mulheres que há 1 ano e seis meses construíram uma amizade e agora dividem a rotina de cuidados com a pequena.

Neste Dia das Mães, o Lado B conta a história delas para mostrar que nenhuma mãe precisa maternar sozinha e que a rede de apoio pode ser composta por diferentes pessoas.

Nas reuniões de família, é todo mundo 'junto e misturado'. (Foto: Arquivo pessoal)
Nas reuniões de família, é todo mundo 'junto e misturado'. (Foto: Arquivo pessoal)

Quando o ex-companheiro de Renata começou a namorar a funcionária pública, a relação entre ambas começou naturalmente. “A nossa amizade foi construída aos poucos, não teve nada muito forçado de querer ser amigas, foi uma coisa bem tranquila, calma”, conta a bióloga.

Aos poucos, Aiyra também foi se adaptando à chegada de uma nova pessoa na vida dela e, ao seu próprio modo, criando um laço afetivo com Raisa.

No ano passado, Raisa se mostrou disposta a fazer parte da rede de apoio de Renata e se ofereceu para ficar com Aiyra para que ela pudesse ir a um festival. Por razões pessoais, Renata comenta que não conseguiria ter tomado a iniciativa.

“Quem deu o primeiro passo foi a Raisa, começou assim com ela se oferecendo. Eu não teria coragem de pedir porque é uma trava materna”, explica.

A trava materna ficou de lado, assim como o medo que Renata tinha de ver a filha sendo cuidada por outra pessoa.  “Uma coisa que tinha preocupação antes é se eu teria ciúmes da Aiyra ficar com ela e não comigo. Essa foi uma coisa que descobri que não existe”, fala.

Além de mãe, a bióloga também desempenha o papel de madrasta no cotidiano. Por isso, ela e Raisa têm esse ponto em comum e compartilham as experiências que têm enquanto madrastas. “A gente conversa bastante sobre essa coisa de ser madrasta, descobrimos que passamos por coisas que toda madrasta passa”, diz.

As pessoas que não são próximas e veem de fora a amizade e rede de apoio entre elas acham diferente, enquanto outras ainda resistem em perguntar devido ao significado negativo atribuído a madrasta.

“As pessoas perguntam e ficam muito chocadas, algumas ficam bem felizes. As pessoas na verdade chegam a ter medo de falar sobre, elas colocam como uma coisa ruim”, afirma.

Desde que conheceu Aiyra, a funcionária pública conta que mudou muitos conceitos que carregava. Ao ver a experiência que outras mulheres tinham como madrastas, Raisa acreditava que aquilo não era pra ela.

“Eu sempre tive um alguma coisa comigo de não me envolver com alguém que tivesse filho por uma questão de responsabilidade. Via com as minhas amigas que era muito difícil e que não saberia como lidar”, explica.

Como nunca quis ser mãe, Raisa relata que nunca procurou entender questões relacionadas a esse papel. “Nunca me coloquei na posição de entender, tinha uma visão diferente do maternar”, fala.

Quando passou a ter contato com a menina, a funcionária pública passou a mostrar que estava ali para somar. “Eu sempre fui tentando respeitar e que ela percebesse que eu era amiga, que eu estava ali para agregar e que eu não seria mãe, mas amiga”, declara.

Antes de conseguir conquistar a confiança dela e também por ser a primeira vez na função de madrasta, Raisa enfrentou várias questões. “Foi um processo um pouco difícil, mas eu quis aceitar isso e hoje vejo que foi um processo que tinha que ter acontecido”, ressalta.

Outra surpresa para a funcionária pública foi descobrir que ser madrasta não tem nada a ver com a experiência de terceiros. “Sempre tive o maior respeito pela Renata e ser madrasta foi bem diferente. Eu vejo que sou uma boa porque sei o quanto ela (Aiyra) confia em mim”, afirma.

Nos últimos meses, Raisa garante que mudou e muito, além de todo dia aprender algo com a menina. “Hoje vejo que tenho uma responsabilidade maior, fico naquele alerta, porque cuidar de uma criança que não é sua é muito mais responsabilidade, sempre tomei muito cuidado. Hoje me considero uma outra pessoa, meu pensamento é totalmente diferente e quero sempre o melhor pra ela”, destaca.

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