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Comportamento

Reta final é vitória após Kadmiel descobrir câncer aos 2 anos

Kadmiel, hoje com três anos, passou por diversos procedimentos para tratamento da doença

Aletheya Alves | 19/03/2022 08:10
Kadmiel, hoje com 3 anos, foi diagnosticado com neuroblastoma. (Foto: Arquivo Pessoal)
Kadmiel, hoje com 3 anos, foi diagnosticado com neuroblastoma. (Foto: Arquivo Pessoal)

Enquanto brincava, Kadmiel, então com 2 anos, começou a mancar e ficar febril. Foi assim que, após ser diagnosticado com uma possível virose, a família descobriu que o menino estava com câncer.

Um ano depois, quando toda informação é motivo para respirações prolongadas, os pais celebram a notícia de que ele tem vencido a luta contra a doença. Para levar a esperança aplicada no tratamento do menino para outras pessoas que passam por situações parecidas, a família criou uma conta no TikTok que acumula 148 mil curtidas.

Empresário, Edson Silva, de 40 anos, conta que o filho está internado em Barretos (SP) para a última etapa do tratamento previsto pelos médicos. Após longos meses de quimioterapia, medicações, internações e cirurgia, os responsáveis pelos procedimentos indicaram que o transplante de medula óssea é a ação final.

Edson Silva, de 40 anos, com o filho durante internação. (Foto: Arquivo Pessoal)
Edson Silva, de 40 anos, com o filho durante internação. (Foto: Arquivo Pessoal)

Retornando a março de 2021, o pai narra que nunca havia imaginado receber o diagnóstico de neuroblastoma para o filho. “Ele começou a ficar com febre, ter dor na barriga e mancar de uma perna. Ficamos observando, mas a febre não passava e levamos ele ao médico. Passamos por dois lugares que disseram ser suspeita de covid ou virose, mas só no terceiro é que ele foi diagnosticado com câncer”, relata.

Com as dores prolongadas, Kadmiel começou a diminuir as brincadeiras e passar a maior parte do tempo em hospitais. Edson explica que o filho perdeu os cabelos durante as sessões de quimioterapia, mas mesmo com o organismo frágil, continuou resistindo.

Além do câncer na região dos rins, também houve uma infiltração da medula óssea e, por isso, o tratamento se tornou mais complexo. Por isso, em setembro, o menino teve uma das glândulas suprarrenais retiradas e, agora, se prepara para o transplante de medula que vem dele mesmo, sem necessidade de um doador externo.

Kadmiel com o pai, mãe e irmão durante passeio. (Foto: Arquivo Pessoal)
Kadmiel com o pai, mãe e irmão durante passeio. (Foto: Arquivo Pessoal)

Neste período, a família precisou se reestruturar e buscar novos modos de ver a vida. Edson relata que devido ao tratamento ser difícil, Kadmiel foi transferido para Barretos e as viagens se tornaram frequentes.

“Foi bem complicado, em vários momentos, a gente ficou baqueado, mas com a cirurgia, conseguimos nos tranquilizar. Ele tem reagido super bem e até os médicos ficaram surpresos, agora, fico feliz de poder contar essa história para outras famílias”, comenta.

Esperança - Para Edson, além do sofrimento recorrente de ver o filho passando por tantos procedimentos médicos, o que tem ficado é a possibilidade de mostrar esperança para outras pessoas. Por isso, vídeos de Kadmiel são compartilhados no perfil do TikTok @edson.silva_1981.

Ele conta que durante o último ano encontrou familiares de outras crianças sem acreditar na possibilidade de melhora, por isso, tenta conversar e contar a trajetória do filho.

“Eu entendo, porque várias vezes nós ficamos desesperados, sem entender muito bem o que estava acontecendo. Você recebe os laudos e acaba acreditando que não há o que fazer, mas a gente precisa tentar”, diz.

O pai detalha que a necessidade de continuar pensando no final feliz também tem sido entendido como parte do tratamento para Kadmiel. Edson explica que devido à doença ser tão agressiva, risos e brincadeiras parecem ser difíceis de incluir na rotina, mas ao lembrar que o filho tem apenas 3 anos, os pensamentos retornam ao lugar.

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