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Comportamento

Revolução fez mãe trazer cabeça de filho no colo para Campo Grande

Família morava na região da Rua Barão de Melgaço, entre a Padre João Crippa e José Antônio

Por Aletheya Alves | 10/02/2024 07:23
Cenário de feira livre em Campo Grande no século passado para contextualizar época. (Foto: Arquivo/Arca)
Cenário de feira livre em Campo Grande no século passado para contextualizar época. (Foto: Arquivo/Arca)

Em 1906, uma família que morava na região da Rua Barão de Melgaço, entre a Padre João Crippa e José Antônio, protagonizou uma história cruel. Envolvido na revolução Totó Paes, Teófilo, filho de Guilhermina Cardoso e Flausino Freitas, teve a cabeça trazida pela mãe até Campo Grande em seu colo.

De forma resumida, essa revolução é vista como um dos marcos mais controversos da história política do então Mato Grosso. Na época, o governador Antonio Paes de Barros, o Totó Paes, se afastou de seus aliados, ficou em meio a uma rebelião no Estado todo e acabou sendo assassinado após perder o Governo.

Contada por Paulo Coelho Machado, a narrativa de como Campo Grande se vinculou à revolução veio através da família de Guilhermina e Flausino.

Família morava na região da Rua Barão de Melgaço. (Foto: Juliano Almeida)
Família morava na região da Rua Barão de Melgaço. (Foto: Juliano Almeida)

Na época, o filho Teófilo foi assassinado na chamada Fazenda Lagoinha e, sem ser resgatado, seu corpo entrou em decomposição. Quando ficou sabendo, Guilhermina é quem foi buscar os restos do homem.

De acordo com o relato, ela estava em uma carreta já velha e retornou para casa com a cabeça de Teófilo no colo. Tomada por raiva e luto, a mãe teria feito todo o percurso de volta jurando que iria se vingar.

Assim que conseguiu sepultar os restos mortais, ela realmente começou o plano de vingança para encontrar quem havia matado o homem.

Mantendo as buscas ativas, conseguiu identificar quatro homens e matar cada um deles.

“Após a morte do último, vestiu-se completamente de vermelho e saiu de casa em casa da velha Rua 26 de Agosto a anunciar o feito, sempre agradecendo a Deus pela oportunidade da promessa cumprida”, completou Machado sobre a história sangrenta.

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