Ruy deixou desejo de ser piloto aos 22 anos para se tornar ourives
Há dez anos, ele começou a aprender o ofício com o pai, que já trabalha no ramo há cinco décadas
Quando começou a aprender sobre como trabalhar com ouro, Ruy Carlos de Souza Filho, de 22 anos, não pensava que seguiria a carreira de ourives ensinada pelo pai. Se surpreendendo com o amor pela profissão, ele decidiu abandonar o desejo de ser piloto para seguir no negócio da família.
Desde imaginar o desenho até fundir ouro e transformar a matéria bruta em uma joia, todos os processos são executados na profissão. Acostumado a ouvir sobre o ofício desde que nasceu, Ruy conta que seu pai trabalha na área há mais de 50 anos.
“Eu comecei a aprender algumas coisas com 12 anos, a primeira coisa que fiz foi um par de alianças. Na época, nós fazíamos tudo manualmente, mas hoje, já conseguimos agilizar o processo”, diz.
Enquanto as alianças receberam uma transformação mais prática, Ruy detalha que as outras peças pedem por atenção redobrada e, para ele, talvez essa seja a mágica da profissão.
Para manter uma rotina diária, ele explica que, atualmente, divide os trabalhos na empresa com seu pai, mas participa de todas as etapas. “Nós fazemos o desenho que o cliente pede, criamos os moldes em cera e passamos o ouro pelos processos necessários até finalizar cada peça. Aqui, criamos todo tipo de joia, desde anéis até correntes, brincos e pulseiras.”
Já sobre a tomada de decisão, Ruy diz que mesmo tendo aprendido desde cedo sobre a criação das joias, seu desejo sempre foi ser piloto de aeronaves. Para garantir que a decisão fosse efetiva, o ourives chegou a fazer o curso para ser piloto, mas decidiu ficar em meio às criações artísticas.
Além da parte artística, a escolha também foi tomada devido ao ofício não ser tão comum. Por isso, o profissional diz que seu principal objetivo é aprimorar as técnicas e ampliar os negócios da família, mantendo a tradição viva.
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