Sinônimo de simpatia, Gabriel deixou os sonhos e carinho como herança
Quadro que começou com uma gripe evoluiu para insuficiência respiratória no jovem de 22 anos
Conhecido pela simpatia e sorriso no rosto, Gabriel Mazzeto deixou os sonhos e ensinamentos sobre carinho como herança. Estudante de Direito, o jovem não resistiu às complicações de uma gripe e faleceu na semana passada.
Mãe de Gabriel, Alessandra Macedo Mazzeto Bianchi conta que o filho sempre gostou de estar no meio das pessoas. Por isso, a simpatia sempre foi uma característica tão presente na vida do estudante.
“Ele sempre foi muito comunicativo, nunca teve problemas de convivência, foi uma criança muito tranquila. E gosta de receber e dar carinho, estava comigo e com o pai dele sempre, em todos os momentos”, conta Alessandra.
Ainda se recuperando da perda, Alessandra narra que tudo aconteceu muito rapidamente. “Ele foi para um casamento e começou a reclamar que a garganta estava raspando, tomou remédio, mas teve febre. Mesmo tendo passado, foi ainda no hospital em São Gabriel do Oeste”.
De volta a Campo Grande, o jovem continuou se sentindo mal e precisou retornar ao hospital. Em cerca de uma semana, o quadro evoluiu apesar dos medicamentos e, após o diagnóstico de pneumonia, passou a se sentir cada vez mais cansado.
Conforme Alessandra explica, Gabriel foi internado, mas sem reversão do quadro, faleceu após ter insuficiência respiratória. “Foi muito rápido, a gente foi pego de surpresa porque na nossa cabeça era só uma gripe. Ele nunca ficou internado, foi a primeira vez. Mas Deus sempre está no controle de tudo”.
Morando em Campo Grande há 13 anos, a família veio de São Paulo e aqui os sonhos do filho foram evoluindo. Depois de entrar na faculdade, Gabriel realmente se apaixonou pelo Direito e, mantendo o jeito de sempre, ganhou o gosto dos colegas.
“Os colegas dele contaram que ele sempre chegava mais cedo, ensinava todo mundo que precisava antes das provas. Era um menino prestativo, gostava de ajudar todo mundo e chegava sempre com um sorriso. Gabriel não tinha dia ruim”, narra a mãe.
Prova de que Gabriel realmente era como a mãe relatou, a namorada, Luana Moura explica que o jovem gostava de demonstrar o carinho de várias maneiras possíveis. “Eu moro no Interior, então eu ia e voltava todos os dias para Campo Grande para estudar e o Gabriel sempre ficava comigo até o horário em que meu ônibus chegava. Me levava e aí sim ia para a casa dele, com o tempo vimos que o que tínhamos era muito além mesmo de uma amizade e começamos a namorar”.
Contando mais sobre o namorado, ela explica que o sorriso de Gabriel se espalhava com as brincadeiras. “O Gabriel sempre me trouxe muita alegria, amor e era isso que ele era. Apesar da dor da perda dele, o que vou levar é isso, o sorriso e o amor que transmitia. Falava dos pais e de mim com os olhos brilhando, ele deixou um legado que sempre será lembrado por todos que o conheceram porque o Gabriel era amor”.
E, na faculdade, o empenho fazia com que ele sempre se destacasse.
“Era secretário geral do do centro acadêmico, líder de sala e uma pessoa muito proativa. Já estava com o tema de TCC escolhido e até mesmo estudando para produzi-lo. Hoje, o que fica dele é a saudade, os momentos, ensinamentos e o sorriso dele”, Luana completa.
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