Transplante trouxe Sérgio de volta para um emocionante Dia dos Pais
Sérgio passou por um transplante de rim, que hoje lhe dá a chance de dar continuidade a todos os sonhos

Este Dia dos Pais será inesquecível para Sérgio Ferreira da Silva, conhecido carinhosamente como "Serginho". Há duas semanas, Sérgio recebeu um transplante de rim que mudou sua vida, permitindo-lhe voltar para casa e celebrar essa data especial com seus filhos e esposa, Valéria Vilhalba Ferreira.
Sérgio, funcionário público, passou por dois anos de tratamento intensivo, incluindo quatro diálises peritoneais diárias. Cada dia era uma espera ansiosa pela ligação que poderia anunciar o transplante. "Sempre que olhava para o celular, vinha o desejo de que ele tocasse e fosse o médico dizendo que estava na hora do transplante", lembra Sérgio.
A virada aconteceu no dia 20 de abril de 2022. Após sentir um mal-estar em casa com inchaço nas pernas e dores, Sérgio foi ao hospital e recebeu a notícia alarmante de falência renal. E daí os tratamentos começaram.
No entanto, seu anseio por uma mudança foi atendido quando, no dia 23 de julho de 2024, o médico ligou para anunciar o transplante. "Na hora que eu vi o nome do médico no celular me deu uma sensação de que notícia boa estava vindo. Porque não teria outro motivo para ele me ligar, eu ia todo mês no consultório e estava tudo bem com os meus exames", relata.
Da ligação até a chegada ao hospital um misto de emoções. "Valéria não estava em casa naquele momento e quando ela chegou, ficamos alguns minutos refletindo sobre aquilo e só depois corremos para arrumar as coisas e irmos para o hospital. Mas fui confiante de que daria tudo certo".
E deu muito certo! Após quatro horas de cirugia, que ocorreu com sucesso, Sérgio deu início a sua recuperação. Após o transplante, Sérgio descreve sua sensação como “indescritível”. Ele se recuperou rapidamente, passando apenas dois dias na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e recebendo alta em 31 de julho. “Sinceramente, não dá para descrever o sentimento, é indescritível mesmo. Foi tudo bem, tudo correu bem com a cirurgia. Eu fiquei só dois dias no CTI. No dia 31 de julho tive alta e a sensação de estar de novo com os meninos e a minha esposa foi emocionante”, conta Sérgio.
De volta para casa, Sérgio tem refletido sobre sua nova chance de vida e os planos que pode retomar com sua família. “A possibilidade de dar continuidade ao que eu fazia. Acompanhar a evolução dos meus filhos e acompanhar o crescimento deles. Ver todo mundo evoluindo. Essa doença deu interrompida no nosso ciclo, mas agora vamos continuar com toda força. Isso tudo faz a gente pensar melhor na vida”, diz ele.
Para Valéria, esposa de Sérgio, a recuperação dele traz uma nova esperança para a família. “É muita emoção e a chance de continuarmos vivendo com muito amor, muita fé e esperança que sempre tivemos em nossa família”. Valéria destaca que os meninos, hoje com cinco e 10 anos, sentiram muito a ausência do pai. “Eles assim como eu sentimos muita saudade. Hoje o projeto deles é pescar, fazer de tudo, aproveitar o máximo possível juntos.”
No Hospital da Unimed Campo Grande, onde Sérgio realizou o transplante, a equipe de saúde também vivenciou a importância desse momento. Sabrina Oliveira Cangussu, enfermeira do hospital, relata: “Quando trabalhamos com pacientes de transplante, há prioridade, porque o órgão é tempo e todo cuidado precisa ser muito bem orquestrado. O Sérgio é muito colaborativo e isso tudo contribuiu para o sucesso do transplante. Não tem nada mais recompensador do que devolver ele para a família”.
Dr. Alexandre Cabral, nefrologista, destaca que o transplante renal é a melhor opção para tratar a insuficiência renal, proporcionando mais tempo e qualidade de vida. “É importante deixar claro que, mesmo quando essas complicações acontecem, há tratamento disponível e não haverá maiores problemas de longo prazo na grande maioria das vezes. Mesmo com esses possíveis contratempos, o transplante renal é a melhor opção de tratamento para a insuficiência renal.”
O pós-transplante exige cuidados rigorosos para prevenir complicações, com acompanhamento próximo do paciente. Dr. Alexandre explica que os medicamentos para evitar a rejeição do novo órgão diminuem a capacidade do sistema imunológico de combater infecções, tornando necessário um monitoramento cuidadoso.
Além de todos esses cuidados, hoje Sérgio e Valéria também mandam energias positivas à família do doador de orgãos. "A gente sabe que não é uma decisão fácil, mas quem toma essa decisão é de um coração imenso. E isso é algo que nunca vamos esquecer. Essa família estará sempre em nossos corações e nossas orações", destacou o casal.
Acompanhe o Lado B no Instagram @ladobcgoficial, Facebook e Twitter. Tem pauta para sugerir? Mande nas redes sociais ou no Direto das Ruas através do WhatsApp (67) 99669-9563 (chame aqui).
Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para entrar na lista VIP do Campo Grande News.