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Comportamento

Trepadeira que dá fácil tornou casa simples a mais bonita de avenida

Planta floresce o ano inteiro e chama atenção de quem passa pela Avenida Marquês de Pombal

Por Idaicy Solano | 02/05/2024 07:36
No Tiradentes, uma coisa não passa despercebida: a casa da dona Arlete. (Foto: Aletheya Alves)
No Tiradentes, uma coisa não passa despercebida: a casa da dona Arlete. (Foto: Aletheya Alves)

A Avenida Marquês de Pombal, no Bairro Tiradentes, é daquelas com movimento dia e noite, onde muita gente transita no automático, mas uma coisa não passa despercebida: a casa da dona Arlete, com portões simples, que ganham brilho extra o ano inteiro graças à planta trepadeira amor-agarradinho.

Arlete Belchior Souza, de 60, foi quem colocou uma semente da planta no canteiro de terra ao lado do portão há quatro anos, mas ela não imaginava que viraria um arbusto tão chamativo e que daria charme especial à casa construída pelas mãos do marido, o pedreiro e pintor Adão Valfrido de Souza, 64.

A diarista se surpreendeu ao ver a rapidez com que a planta se desenvolveu e até pensou em cortar, mas desisti porque tanto ela quanto os vizinhos se apaixonaram pela planta. “O pessoal para ali na sorveteria [do outro lado da rua] e fica olhando, ficam bonitas as fotos tiradas de lá”, conta.

Entre tantos tons acinzentados, verde e rosa de planta em fachada de casa chamam atenção em avenida (Foto: Idaicy Solano)
Entre tantos tons acinzentados, verde e rosa de planta em fachada de casa chamam atenção em avenida (Foto: Idaicy Solano)

Arlete levou para casa a semente de um dos seus clientes. "Ela nasceu e foi subindo, aí eu falei com o meu marido assim ‘vamos ajeitar uma ramada e vamos puxando ela pra poder refrescar’”, relata Arlete.

A varanda da frente ganhou uma boa sombra, segundo Adão, após a planta crescer e tomar conta da entrada da casa, e o casal afirma que não abre mão de que o portão seja baixo e aberto, pois não gostam de se sentirem “presos”.

No quintal no fundo da casa, Arlete também cultiva samambaias, orquídeas, guaco, rosas do deserto, mamão, banana, costela de adão e inúmeras outras espécies, que a dona da casa fez questão de mostrar uma por uma para a reportagem.

Arlete mostrou cada uma de suas plantas para a equipe de reportagem (Foto: Idaicy Solano)
Arlete mostrou cada uma de suas plantas para a equipe de reportagem (Foto: Idaicy Solano)

Dentro da casa, Arlete dispensa decorações, e diz que só quer saber das plantas. “Eu não gosto de decoração dentro de casa não, eu gosto de planta. Se me oferecessem um trabalho só para cuidar de planta, eu largaria tudo agora mesmo”, afirma a mulher.

Na tarde em que recebeu a reportagem na varanda de casa, inclusive, ela relatou que mais cedo, voltando de uma diária, encontrou um vaso de samambaia que havia sido descartado e trouxe para casa para tentar “reviver” a muda.

Samambaia que Arlete trouxe para casa na esperança de reviver a planta (Foto: Idaicy Solano)
Samambaia que Arlete trouxe para casa na esperança de reviver a planta (Foto: Idaicy Solano)

Quando Adão adquiriu o terreno, a rua era de terra, e a maioria das casas vizinhas não existia. Ele relata que viu a poeira virar asfalto e as construções mais “modernas” ganharem forma ao redor, mas ela prefere sua casa com o amor agarradinho.

Adão relembra que veio de Bandeirantes para Campo Grande porque na Capital havia mais oportunidades de trabalho. Quando chegou, Arlete já morava no bairro, e os dois se casaram quando ela tinha 19 anos e ele 23. Juntos, o casal tem três filhos, criados na casa, que agora também é lar da meia dúzia de netos e o sétimo que está a caminho.

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