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Comportamento

Vizinhos criam “condomínio” para abrigar gatos abandonados

Objetivo do espaço é manter os animais protegidos enquanto não são adotados

Aletheya Alves | 29/03/2022 08:55
Vila de gatos foi criada para proteger animais da chuva. (Foto: Aletheya Alves)
Vila de gatos foi criada para proteger animais da chuva. (Foto: Aletheya Alves)

No Bairro Santo Amaro, moradores criaram um “condomínio” para abrigar gatos que foram abandonados na região. Protegidos com casinhas improvisadas, eles aguardam por novos lares, mas ao invés do número diminuir, ele continua aumentando.

Protetora independente, Gilmara Albuquerque é uma das pessoas que ajuda a cuidar dos bichanos e explica que tudo começou com um cachorro. Há algum tempo, ele foi abandonado no terreno e, após receber cuidados, foi adotado.

O problema é que após a história ter um final feliz, vários gatos começaram a ser abandonados no mesmo local. “Começaram a jogar os gatinhos lá, por isso, consegui levar uma casinha de madeira. Lá já chegou a ter 25 gatos, mas trabalhamos para a maioria conseguir ser adotado”, diz.

Desenhos feitos por crianças do bairro viraram até decoração. (Foto: Aletheya Alves)
Desenhos feitos por crianças do bairro viraram até decoração. (Foto: Aletheya Alves)

Gilmara detalha que a colônia vive momentos cíclicos, porque após os gatos serem doados, novos são abandonados. “Como fica ao lado de uma avenida, alguns morrem atropelados. O ideal é que as pessoas tenham consciência e não façam isso, não abandonem mais. É preciso ter consciência, porque acabamos enxugando gelo.”

Por ser cadastrada como protetora, a moradora consegue realizar castrações, mas todo o dinheiro investido em alimentação e nos cuidados acaba saindo de seu próprio bolso.

Filhotes foram abandonados no espaço localizado no Bairro Santo Amaro. (Foto: Aletheya Alves)
Filhotes foram abandonados no espaço localizado no Bairro Santo Amaro. (Foto: Aletheya Alves)

Com dó dos bichos, outros vizinhos também se mobilizaram e passaram a ajudar também com comida e água. Hoje, até alguns desenhos feitos por crianças integram o condomínio dos gatos ao lado de placas pedindo para que lixo não seja jogado ali.

Uma das pessoas que auxilia na alimentação é Mariza de Souza, de 51 anos. Ela narra que já se tornou costume que ninhadas sejam deixadas no espaço, mesmo com todos pedindo para que isso não seja feito.

“A gente fica com dó e vai ajudando, mas é difícil, porque muitos são novinhos. Eles ficam com medo, são atropelados. Então, a gente precisa que as pessoas adotem mesmo”, diz.

Para verificar sobre o processo de adoção, Gilmara está disponível no número (67) 99692-5837 e explica sobre como os gatos podem ser resgatados ou ajudados.

Caixas de papelão fazem parte da estrutura improvisada. (Foto: Aletheya Alves)
Caixas de papelão fazem parte da estrutura improvisada. (Foto: Aletheya Alves)

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