Em meio a pé de guerra, visitação à Santa do Mel vai ser aberta por família
Em meio a briga judicial pelos bens entre os herdeiros de José Rezek, a viúva, Sônia Maria Diniz, 53 anos, prepara a casa, na rua Domingos Marques, para reabrir visitação à Santa do Mel. A "reinauguração" será neste domingo (06) com missa programada para 9h.
Fechada desde maio de 2010, após o falecimento do proprietário da imagem de Nossa Senhora, que segundo os donos verte mel em forma de lágrimas, a família continuava retirando líquido para os fieis que ainda iam até a casa, mesmo convivendo o clima tenso com os herdeiros do primeiro casamento de Rezek.
A Santa esteve guardada desde 2010, sob os olhos de Sônia. O local ela ainda mantém em sigilo. Em um altar da sala, há uma réplica, que só será substituída no dia da reabertura.
Os herdeiros de Rezek não reivindicam a Santa em si, que por pouco não entrou no inventário, e sim o imóvel onde ela é exposta, no bairro Vilas Boas, em Campo Grande.
A viúva decidiu diz que decidiu "ir na fé" e voltar com as visitações. “Ele sempre dizia Nossa Senhora ofereceu isso para nós. Abre a casa. Eu conversei com a minha filha nesta semana e decidimos. Agora vou abrir e seja o que Deus mandar”, comentou.
O projeto de fundar um hospital, sonho de Rezek, continua. Assim que sair o inventário, Sônia pretende vender os imóveis que ficarem para ela e a filha e comprar um terreno na saída para São Paulo.
“Eu vou realizar, se Deus quiser, vamos realizar o sonho do hospital. Vai chamar Nossa Senhora do Mel em memória a João Rezek”.
Neste domingo a missa será realizada por cinco padres, às 9h. A casa da Santa do Mel fica na rua Domingos Marques, n° 1623, bairro Vilas Boas.
Santa do Mel - A imagem de Nossa Senhora de Fátima da família Rezek ficou famosa após começar a verter mel no dia 16 de maio de 2007, atraindo a atenção da sociedade e levando um grupo de fieis fervorosos para a casa, localizada próximo à Avenida Três Barras.
A quantidade de mel era tamanha que a família passou a distribuí-lo para quem visitava a imagem.
Com o passar do tempo, segundo Sônia, apenas os fiéis mais fervorosos mantinham a rotina de visitação.
A Igreja Católica chegou a emitir nota oficial, à época assinada pelo Arcebispo Dom Vitório Pavanello, dizendo que a Igreja não recomendava visitas à imagem.