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Consumo

Ana já ouviu que sobrevive de peças de defunto, mas não larga brechó

No Jardim Jacy, ela abriu a loja com peças de marca a partir de R$ 10 que vestem do PP ao 46

Jéssica Fernandes | 18/01/2023 06:33
Araras tem peças femininas que vestem do PP ao 46. (Foto: Marcos Maluf)
Araras tem peças femininas que vestem do PP ao 46. (Foto: Marcos Maluf)

Ana Carla Muniz Alves, de 28 anos, sempre gostou e consumiu roupas de brechó. Há 1 ano, ela criou a ‘La Chicas’ e através do Instagram começou a vender peças variadas. Após ouvir de tudo, inclusive que vendia roupa de defunto, ela ignorou as críticas para realizar o sonho de ter a própria loja no Bairro Jardim Jacy.

O espaço foi inaugurado na semana passada e com a ajuda do namorado e do pai, ela pintou as paredes e fez os ajustes necessários para deixar o ambiente do jeito que queria.

Meses antes de ter o espaço, ela conta que começou a comercializar através da internet de forma despretensiosa até que a chefe deu a ideia do brechó. “Eu já fazia uns desapegos no meu Instagram pessoal e estava dando muito certo. Eu postava roupa minha, das minhas amigas e dava super certo. A ideia mesmo foi da minha chefe que ela via que o Instagram estava dando certo e foi assim que começou”, conta.

Ana conta como começou o negócio com desapego no Instagram. (Foto: Marcos Maluf)
Ana conta como começou o negócio com desapego no Instagram. (Foto: Marcos Maluf)

Antes de arriscar sair do trabalho e investir o dinheiro na loja, Ana fez muito garimpo de peças, aprendeu sobre curadoria, além de ouvir de tudo quando o assunto é brechó. A história mais engraçada, ela lembra de cor.

“Uma menina brigou comigo e o argumento que ela usou na briga foi que eu sobrevivia a base de roupa mofada. Ela falou que se eu quisesse tinha uma mala pra doação. Mas, não é assim que funciona, tem toda uma curadoria, as roupas são muito bem lavadas, tratadas. Só de você pegar um dia pra fazer garimpo é cansativo, não é pra qualquer um”, afirma.

Ana também relata que já foi questionada sobre a procedência da roupa a ouviu que peças usadas tem energia ruim. “Muita gente fala: ‘Você lava a roupa?’. Já me perguntaram se dos brechós que compro não é roupa roubada, falaram que roupa de gente morta tem energia ruim. Como tem energia ruim de uma roupa que só está fazendo coisas boas, trazendo benefícios para o meio-ambiente e a sociedade?! Não tem como ter energia ruim”, ressalta.

Algumas das peças são de marcas como a Farm. (Foto: Marcos Maluf)
Algumas das peças são de marcas como a Farm. (Foto: Marcos Maluf)

O brechó trabalha com peças femininas do PP ao 46, sandálias, sapatos e acessórios. Nas araras, o público encontra modelos de departamento e outros com etiquetas de marca, como Farm, Colcci e Forum.

Os preços das roupas variam de R$ 10 a R$ 90, sendo a peça de menor valor um cropped e a de maior o vestido branco da Farm cujo valor original era R$ 398. As sandálias saem a partir de R$ 30 e acessórios como anéis e colares estão disponíveis a partir de R$ 5.

A versatilidade toma conta das araras que trazem looks para diferentes estilos e ocasiões. Colete, casacos, jaquetas, pantacourt, jogger, flare, vestidos, blusas, saias, camisas e vestidos infantis estão disponíveis no lugar com decoração fofa e cheio de plantas.

O brechó fica na Rua Engenheiro Alírio de Matos, 361, Bairro Jardim Jacy. O horário de funcionamento é de terça-feira a sexta, das 9h às 12h. As segundas, das 9h às 19h.

Vestidos infantis estão disponíveis no brechó 'Las Chicas'. (Foto: Marcos Maluf)
Vestidos infantis estão disponíveis no brechó 'Las Chicas'. (Foto: Marcos Maluf)

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