Apaixonado pelas “abelhinhas”, professor faz hidromel suave e seco
Na faculdade, Rodrigo descobriu apicultura, ficou encantado e, há 1 ano, faz bebida mais antiga do mundo
Formado em Biologia, Rodrigo Zaluski, de 32 anos, descobriu na graduação a paixão pelas abelhas e afinidade com a área da apicultura. Professor da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), ele divide o tempo entre as aulas e o hobby de produzir uma das bebidas mais antigas do mundo, o hidromel.
Há um ano, o professor começou os testes de receitas e pesquisas para fazer o “Drink dos Deuses”. Após oito meses de tentativas e mudanças no processo, Rodrigo conseguiu chegar no sabor e consistência ideal. Ao lado do irmão Rafael Zaluski, ele comercializa as garrafas de hidromel nas versões tradicional suave, seco, com menta e frutas cítricas.
Antes de se tornar um produtor de hidromel, Rodrigo conta que começou na faculdade os estudos da apicultura. “Eu estudava e fui convidado para fazer estágio com um professor que tinha uma empresa que trabalhava com apicultura. Conheci, me apaixonei pelas abelhas, depois, fiz mestrado e doutorado trabalhando com elas” conta.
Quando criou interesse em mexer com a fermentação do hidromel, ele tinha o apoio de um amigo, porém, depois de um tempo, seguiu sozinho na aventura com a bebida. “Começamos esse processo juntos, mas depois, ele achou complicado e eu continuei a padronizar. A produção é bastante complexa, porque se não é controlado o processo, a bebida tem muitas variações", explica.
Quem vê o drink pronto para consumo não imagina o trabalho que o professor tem. “Uso uma mistura de méis silvestres do Estado e uma cepa de leveduras importadas, porque elas têm nutrientes que permitem uma fermentação saudável. Testamos receitas, foram oito meses de teste para personalizamos e chegamos na padronização”, afirma.
Além de fazer sucesso em Campo Grande, as garrafas também conquistaram clientes fiéis na Região Sul do País. A família do Rodrigo é responsável por comercializar o hidromel na região. “Minha família produz vinhos no Sul com meus avós e eles levam algumas garrafas”, diz.
Apesar de fazer a bebida para vender, o professor ressalta que ainda vê o hidromel como uma forma de passar o tempo e não um trabalho. Mesmo assim, ele revela que tem planos de expandir o Drink dos Deuses. “Atualmente, ainda é um hobby, é algo que gosto de fazer, considero uma segunda paixão e não pretendo parar tão cedo, pretendo ampliar. Eu leio sobre e venho testando diferentes receitas”, comenta.
Para aqueles que não conhecem ou nunca experimentaram uma taça de hidromel, conforme Rodrigo, os benefícios são diversos para a saúde. Outro ponto positivo, na visão dele, é a valorização do mel produzido no Brasil. “A produção de hidromel é interessante, porque agrega valor dentro da apicultura. A gente consegue aumentar o consumo de mel, agregar valor dentro dessa área e mostrar que o mel tem muitas utilidades”, expõe.
Se você ficou curioso para experimentar ou conhecer mais o trabalho do Rodrigo, o Instagram é @adega.zm.
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