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Consumo

Após cair da rede, Nery teceu coleção colorida ao lado da esposa

Durante a pandemia, homem de 80 anos começou a criar redes de descanso para passar o tempo

Jéssica Fernandes | 05/01/2023 07:28
Nery e a esposa Maria confeccionam juntos as redes de corda naútica. (Foto: Arquivo pessoal)
Nery e a esposa Maria confeccionam juntos as redes de corda naútica. (Foto: Arquivo pessoal)

O trabalho manual é feito a quatro mãos pelo casal que coleciona mais de cinquenta anos de casado. As redes de corda náutica se tornaram um hobby na pandemia para Nery do Couto, de 80 anos, que segue tecendo várias delas ao lado da esposa Maria de Lourdes Garcia Couto, de 77 anos.

Em casa, ele e a mulher construíram um tear para dar conta da produção que virou fonte de renda extra na família. A história de Nery com as redes começou por acidente, mas esse foi um dos bons. Ele relata que tudo foi do ‘nada’.

“Eu sempre mexi com construção e eu estava muito parado. [...] Arrebentou minha rede e eu falei: ‘Vou fazer uma rede de corda’. Tirei as medidas, comprei uma linha muito grossa, mas todo mundo gostou e fui ampliando, começou assim do nada”, afirma.

Rede é feita de forma artesanal no interior do Estado. (Foto: Arquivo pessoal)
Rede é feita de forma artesanal no interior do Estado. (Foto: Arquivo pessoal)

A filha do casal, Lucilene Couto, de 54 anos, dá detalhes sobre o momento em que o pai saiu de casa e voltou para fazer a primeira rede. “Ele estava deitado na rede, na varanda e pediu pra Deus dar uma ideia. Passou um tempo e a rede arrebentou, um fio. Aí ele falou: ‘Vou experimentar fazer uma rede’ Levantou, foi comprar uma corda grossa e uma fina para fazer o acabamento”, diz.

A administradora comenta que o trabalho manual também serviu de terapia para o pai que estava ocioso durante a pandemia. “Ele começou a fazer e foi muito de Deus, porque na pandemia ele estava bem injuriado de estar parado. Ele é um homem muito ativo.  Meu pai sempre foi um homem muito empreendedor, é meu maior exemplo, é bem bacana o trabalho”, afirma.

Depois de encontrar uma corda adequada, que é de polipropileno, Nery e a esposa não pararam mais de produzir. “Ele trama de um lado e minha mãe termina do outro”, fala Lucilene.  Na casa em Nioaque, a 184 quilômetros de Campo Grande, eles têm um estoque de redes de descanso.

Nery produzindo uma das redes de descanso em casa. (Foto: Arquivo pessoal)
Nery produzindo uma das redes de descanso em casa. (Foto: Arquivo pessoal)

O material, o design e o tamanho são os mesmos e a única coisa que muda são as tonalidades das cordas utilizadas. As opções são azul safira, amarelo Ypê, verde oliva, rose gold, lavanda, fuego, jamaica, marrom e vermelho. O valor de qualquer uma sai R$ 500.

A entrega da rede de descanso, segundo a administradora, não é problema. “É só ligar e fazer a encomenda das cores que a gente dá um jeito de entregar em Campo Grande”, pontua.

Quem quiser conhecer o trabalho, o perfil no Instagram é @ncredesdedescanso

Redes custam R$ 500 e são feitas em diferentes tonalidades. (Foto: Arquivo pessoal)
Redes custam R$ 500 e são feitas em diferentes tonalidades. (Foto: Arquivo pessoal)

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