Após humilhação no trabalho, Capitu virou artesanato que salvou Amanda
Loja voltada para o cuidado e beleza feminina tem significado todo especial para proprietária
Usando o nome de uma das personagens mais emblemáticas da literatura feminina Amanda Nantes Salles Medeiros, de 23 anos, criou uma lojinha com produtos artesanais. A Capitu surgiu há dois anos após a jovem decidir apostar na própria criatividade e sair do emprego onde sofria ‘humilhação’.
Ela comenta que a loja surgiu num momento delicado no trabalho. “Eu trabalhava em uma livraria há dois anos, mas engravidei e sofri muita humilhação lá por conta da situação de estar grávida. Eu era gerente e fui afastada do cargo, tive complicações na gestação pois desenvolvi hidronefrose”, conta.
Quando teve o salário reduzido, Amanda relata que colocou um basta na situação e passou a vender cosméticos. Depois desse pequeno passo rumo ao empreendedorismo, a mãe resolveu dar mais um. “A ideia da Capitu era revender de início acessórios e cosméticos (nada artesanal). Aí comecei a fazer sabonete 100% natural e vegano e me apaixonei. Descobri algo que eu amo fazer, comecei a fazer pequenos vasos também de flores e jóias que eu faço tudo à mão”, explica.
As ‘bijuterias criativas’, como ela gosta de chamar, apresentam diferentes modelos e formatos. Amanda cria de tudo um pouco, desde brincos inspirados em telas de Van Gogh, planetas, cogumelos, fechaduras a pulseiras indianas. “Não são nada convencionais, mas são bem charmosas, gosto de colocar peças coloridas, acessórios que remetem ao espaço, algo bem diferente”, diz ela sobre os acessórios.
A produção artesanal de sabonetes é outra vertente do negócio da Amanda. Além do formato convencional, ela cria o sabão em formatos de flores e frutas. “Eu faço duas essências por remessa. São remessas grandes de 30 sabonetes e no momento tem pitanga preta e floral. Eles são de 50 a 85 gramas. Faço sabonetes que são para tratar, cuidar da nossa pele sem componentes químicos agressivos e com óleos essenciais e plantas”, esclarece. Esses produtos saem de R$ 10 a R$ 25.
Seguindo a linha de produtos para cuidado e higiene, a jovem também produz escalda pés e aprendeu a fazer crochê para criar uma peça útil na hora de remover a maquiagem. “Eu aprendi a fazer crochê para fazer os discos ecológicos de limpeza para pele. É pra trocar em vez daquele de algodão, pra tirar make com demaquilante. Dá pra usar pra lavar o rosto também”, conta.
Para quem procura trazer novidades todo dia, a mais recente são os vasos decorativos que também são feitos à mão. Eles são bem coloridos, de cerâmica e custam R$ 15
Por mais que esteja no começo, Amanda destaca que o trabalho artesanal a ajuda a ficar próxima dos dois filhos e explorar novos horizontes. “A Capitu ainda é pequena, mas está me fazendo muito bem. Além de estar se tornando renda está me devolvendo uma luz que perdi no meu trabalho e explorando minha criatividade”, conclui.
O trabalho dela pode ser conferido no Instagram, o perfil é @capituvocemais
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