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Consumo

Brechó começou com jaqueta do pai e agora tem até sabor de acarajé

Os donos, Rubia e Bruno, têm uma história de amor improvável, mas que já completa quase 10 anos

Ângela Kempfer e Jéssica Vitória | 18/01/2022 07:18
Bruna na recepção do brechó, reaberto em dezembro. (Foto: Henrique Kawaminami)
Bruna na recepção do brechó, reaberto em dezembro. (Foto: Henrique Kawaminami)

Rubia Garcia e Bruno Lima casaram em tempo recorde, se conheceram em janeiro e, em setembro, já moravam juntos. Quase 10 anos depois, a prova de que o amor vingou é que, além de continuarem juntos, são sócios.

Em 2013, os dois se conheceram pelo Facebook. Ela não queria muito papo, mas o “músico gentil da Bahia” conseguiu avançar na conversa. Com amigos em comum, em 3 meses, ela estava em Porto Seguro, onde ele trabalhava.

As férias duraram um mês, Rubia voltou, e quem não aguentou a distância foi ele, que veio de mudança para Campo Grande e hoje, une um sabor baiano à paixão da esposa por brechós.

As roupas são selecionadas por Rubia, em fornecedores que foi conquistando. (Foto: Henrique Kawaminami)
As roupas são selecionadas por Rubia, em fornecedores que foi conquistando. (Foto: Henrique Kawaminami)

Filhos de comerciantes, os dois nunca tiveram medo de tocar um negócio. Por isso, hoje, o “Camarim Brechó e Outlet” vende de tudo e, aos sábados, Bruno entra na cozinha para preparar acarajé e vender aos clientes, também para matar um pouco a saudade da Bahia.

“Eu nunca pensei que fosse morar em Campo Grande. Mas aconteceu, eu não sinto falta, saudade... Eu passei por muitos restaurantes, aprendi olhando e com meu pai e minha mãe também, a ideia de vender eu tive depois que encontrei outras pessoas vendendo aqui na cidade”, explica.

Bruno preparando o acarajé no sábado passado. (Foto: Henrique Kawaminami)
Bruno preparando o acarajé no sábado passado. (Foto: Henrique Kawaminami)
Bruno aprendeu receita com o pai e a mãe, em Ilhéus (BA), onde nasceu. 
Bruno aprendeu receita com o pai e a mãe, em Ilhéus (BA), onde nasceu.

O primeiro endereço foi um “corredorzinho” tão pequeno, que era impossível pensar em algo além de um brechó.

“Me formei em Jornalismo, mas sempre adorei isso da sustentabilidade. Então, um dia, vesti uma jaqueta militar do meu pai e pedi para ele me dar. Comecei assim o meu estoque. Hoje, tenho vários fornecedores fixos e também garimpo”, detalha.

A loja mudou de endereço, ficou maior e o acarajé coube nos planos de quem, antes, pensava em investir no ramo alimentício.

“Primeiro, a gente tentou marmita ou restaurante, algo pequeno. Mas estava tudo dando errado”, diz Rubia.

De sapatos a bijuterias, loja tem de tudo um pouco. (Foto: Henrique Kawaminami)
De sapatos a bijuterias, loja tem de tudo um pouco. (Foto: Henrique Kawaminami)

O brechó foi inaugurado em 2017 e a reforma providenciada na base do “faça você mesmo”, aprendendo em tutoriais da internet. Bruno construiu um quiosque, restaurou portas, os dois recolheram paletes e até lata de Nescau virou decoração.

“A gente até teve uma pessoa que ajudou, mas com a pandemia, a grana ficou curta e o Bruno terminou sozinho. Ele construiu o quiosque todo”, conta a esposa.

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No auge da pandemia, as portas fecharam. Mas com a vacinação avançando, “em dezembro de 2021, voltamos. Vendemos sapatos, bolsas, bijuterias, mas o forte é roupa, de todos os tamanhos de roupa, com uma média de 25 a 40 reais. Agora, queremos abrir a seção masculina em breve”

Para quem quiser conhecer, o Camarim Brechó agora fica na Rua Assis Chateaubriand, 734, na Vila Planalto.

O lugar abre de terça a sexta, de 10h às 19h e aos sábados, das 10h às 17h. Já o acarajé só é vendido aos sábado, a partir de 11h e vai até acabar a massa, que é feita de um dia para o outro.

Fofos, na parede, o quadro resume o que o casal quer da vida. (Foto: Henrique Kawaminami)
Fofos, na parede, o quadro resume o que o casal quer da vida. (Foto: Henrique Kawaminami)

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