Com noiva de guarda-chuva e altar à beira do rio, casamento é especial em Bonito
O céu era de brigadeiro, em um tom de azul digno de sonho. Naquele dia, nem uma gota de chuva caiu. O sol estava no seu auge, eram 10h30 de um sábado de agosto, Jéssica e Nilson finalmente ficariam juntos depois de seis anos sofrendo com a distância. No caminho, apenas um corredor verde e uma ponte sob o rio transparente.
Os dois são filhos das águas mais cristalinas do mundo, nasceram e cresceram em Bonito. O destino que foi escrito a muito tempo atrás, só poderia ser cumprido ali. “Nós somos de Bonito, nós dois nascemos aqui. Decidimos fazer a cerimônia lá por causa dos meus pais, grande parte dos nossos amigos que são de lá. Mas, nosso namoro mesmo sempre foi à distância”, conta Jéssica Borges Mafalda Vieira, 23 anos.
A história dos dois começa há seis anos e quatro meses. “Ele morava em Bonito, eu vim para Campo Grande fazer faculdade. Só namoramos juntos mesmo oito meses. Cerca de três anos atrás, o Nilson foi embora para Luis Eduardo Magalhães, na Bahia. Ele é piloto agrícola. Eu continuei estudando em Campo Grande”, relembra a noiva.
Em dezembro, o curso acabou e a formatura de Arquitetura e Urbanismo foi a deixa para Nilson Flávio Vieira dos Santos, 26 anos, pedir a namorada em casamento. Em meio a festa, ele fez a surpresa e deu um fim a expectativa. “Foi no dia 27 de fevereiro deste ano e casamos agora dia 27 de agosto. Tudo foi muito a nossa cara, uma cerimônia simples, para poucos convidados, com um deck na beira do rio. Os convidados falaram que não poderia ser diferente”, se derrete Jéssica.
A cerimônia foi para apenas 160 convidados, mais amigos e familiares. Tudo foi realizado com fornecedores de Bonito. O próprio vestido de Jéssica é confeccionado a mão, por uma costureira da cidade. “Ela fez o meu, da minha mãe e da minha irmã. Fizemos questão de comprar as coisas aqui mesmo. A chácara é de um primo do Nilson, nosso padrinho e chama Cristalino. Esse lugar é lindo por natureza, tudo foi muito básico, simples, porque gostamos assim”, explica.
O guarda chuva que deu um brilho especial a cerimônia surgiu pela primeira vez no ensaio pré-casamento. “Nós usamos no ensaio e o cerimonial deu a sugestão de manter na festa. Eu sai da cerimônia com ele. Ficou realmente muito lindo. Não tem uma história específica, apenas achamos especial”, confessa Jéssica.
Como estava um dia de sol agradável, tudo acabou combinando. “Se tivesse chovido teria sido um desastre”, ri a noiva. “Onde foi a recepção é bem molhado o solo, então foi proteção divina. A cerimônia foi em um deck na beira do rio. Não tinha como ser mais lindo”, completa.
Até mesmo os imprevistos de última hora não atrapalharam o brilho da cerimônia. “Minha mãe ficou doente, teve zika vírus que gerou uma inflamação cerebral, ficou quase 15 dias internada, isso uma semana antes do casamento. Apesar de tudo ela conseguiu sair, melhorou e continuamos com o plano. Mas quase cancelamos tudo. A recuperação ainda continua, são cerca de seis meses até ela ficar bem completamente”, explica.
Agora, com tudo nos eixos, Jéssica e Nilson estão de mudança para a Bahia. O tempo de distância passou. “Estou bem ansiosa, animada, nós nunca vivemos isso, tudo é novidade, a gente está junto há muito tempo, mas é tudo muito novo. É uma mudança, várias mudanças, morar junto, em outra cidade onde eu não conheço ninguém. Mas, estamos felizes”, diz.
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