Com parceria até do avô, 7 mulheres transformam garagem em bazar
1° Bazar das Mortari's ocorreu neste sábado e continua neste domingo até às 18h, com peças a partir de R$ 1,00
A família ‘Mortari’ em Campo Grande é gigante e unida, e sempre teve o hábito de fazer aquele famoso “troca troca de roupas” e consumir peças de brechó. Por isso, sete mulheres se uniram para transformar a garagem da avó em bazar, que agora vai ocorrer uma vez por mês com preços pra lá de camaradas.
O bazar que ocorreu ontem (12) fez tanto sucesso, que a mulherada decidiu dar continuidade neste domingo (13), até às 18h. Quem for até a rua Joana Dar’c, 847, no Universitário, vai encontrar dezenas de roupas, sapatos e acessórios com preço de brechó, a partir de R$ 5,00.
Ao todo, sete mulheres realizaram o evento, porém contaram com a ajuda de demais integrantes da família para a organização, com mãe, tia, irmã, primas e avós. Até que o avô entrou na jogada e ajudou a montar as araras, contratou pintura e organizou itens para que o bazar das meninas fossem um sucesso.
A ideia do bazar partiu da jornalista Camila Mortari, de 31 anos. “Eu consumo em brechó desde 2013, e quando fui pra São Paulo passei a comprar apenas de brechó. Quando retornei para Campo Grande, vi que tinha muita que eu não usaria mais, vi que ainda sonhava em abrir meu próprio brechó online - principalmente, por incentivo das minhas amigas”, conta.
Camila observou que a família estava com muita roupa "parada". Então, decidiu reunir as mulheres para achar o meio mais viável de fazer as peças circularem, além de levar o consumo consciente até as pessoas.
“O jeito foi o de fazer um dia de bazar na garagem da casa da minha vó, com mais de 1.000 peças, com preço de R$ 1 a R$ 100, dos mais variados tamanhos e estilos”, diz Camila.
A jornalista acredita que esse movimento da moda circular e sustentável anda crescendo em Campo Grande. “Sai daqui em 2015, e havia poucos brechós. Quando retornei este ano, me surpreendi com a quantidade de feiras, bazares e pessoas inseridas nesse movimento. Fiquei feliz, espero que cada vez mais as pessoas deixem o preconceito de lado de que em brechó só tem roupa velha e com energia ruim. Quem faz a energia da roupa somos nós”.
Durante as vendas, a mulherada ainda bate um papo sobre reuso com quem deseja saber mais sobre o movimento. “Reutilizar uma peça, consertar, reusar, vai além de pagar por um preço menor, ajudamos o planeta com isso: é um consumo sustentável, menos agressão ao meio ambiente, menos emissão de gás carbônico da elaboração de peças, por exemplo”.
Agora, a intenção da família é fazer uma vez por mês e garantir até roupas masculinas. “Muitos homens acabam vindo e solicitando algumas peças; a pouca quantidade de roupa masculina foi vendida rapidamente”.
Quem quiser ir até o bazar, o endereço é Rua Joana Dar’c, 847, no Universitário.
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