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Consumo

De chapéu a carteira de R$ 25, Clayton costura de tudo com lona

Em 2007, ele passou a utilizar o material e criar itens exclusivos que tem alta durabilidade

Jéssica Fernandes | 30/11/2022 07:02
Chapéus com diferentes formatos e modelos integram produção de Clayton. (Foto: Arquivo pessoal)
Chapéus com diferentes formatos e modelos integram produção de Clayton. (Foto: Arquivo pessoal)

De chapéu a mochilas, Clayton Ambrósio, de 48 anos, produz e customiza de tudo um pouco usando lona de algodão encerada. O material, que normalmente é utilizado para proteger cargas levadas em caminhões, ganha outro destino graças à criatividade de Clayton.

Há 15 anos, ele trabalha e reaproveita essas lonas que tem como principal ponto positivo a alta durabilidade. Clayton comenta como se envolveu com a confecção de peças e o motivo pelo qual criou interesse pelo material.

“Eu comecei em 2007, eu já fazia campanha de entrega de mudas com mensagens de conscientização. Conheci o trabalho com lona, resolvi aprender a costurar para trabalhar e descobri que ela tem uma qualidade maior”, explica.

Peças criadas por ele são expostas em locais públicos de Campo Grande. (Foto: Arquivo pessoal)
Peças criadas por ele são expostas em locais públicos de Campo Grande. (Foto: Arquivo pessoal)

Único aluno homem da turma de corte e costura, Clayton ia para o curso pedalando e foi com o apoio de amigos que passou a atuar no ramo da moda. Ele fala mais sobre esse processo e a experiência adquirida na última década.

“Lancei uma coleção, fazia parte da Artemis e bem no início tive esse apoio. [...] Fui trabalhando, viajando para o interior e em 2012 comecei a costurar no Mundo Mix no Festival de Inverno de Bonito. Fiquei até 2019 fazendo costura ao vivo pelo Brasil”, conta.

Costurar e alcançar todos os públicos, segundo o profissional, é um dos principais valores que acredita. “Nos eventos a gente tem público específico, mas eu queria costurar para todo mundo e isso já vinha da prática da campanha que eu fazia no centro”, afirma.

Sacolas são outra vertente que integram o conceito da transmutação têxtil. (Foto: Arquivo pessoal)
Sacolas são outra vertente que integram o conceito da transmutação têxtil. (Foto: Arquivo pessoal)

Chapéus para todos os estilos - Em 2014, Clayton adicionou uma nova peça à coleção de bolsas, mochilas, sapatos e carteiras que produzia. Na época um amigo o ensinou a desenvolver chapéus e ele não parou mais. Hoje, ele tem em Campo Grande uma chapelaria itinerante onde comercializa diferentes modelos, como cartola alta, baixa, viseira, quepe e aba grande.

Sempre aproveitando a lona como matéria-prima, Clayton faz o que chama de transmutação têxtil, que significa transformar essa lona em outro produto. Outra característica dos itens que faz é a ausência de materiais industrializados, pois a finalidade é que toda produção cause o menor impacto ambiental possível.

Já o preço das peças varia e o público pode encontrar itens de R$ 25 (carteira) até mochilas de R$ 230. Elas costumam ser expostas e comercializadas nas feiras realizadas em espaços públicos da cidade. No próximo dia 18, Clayton levará algumas das peças para a Feira Bosque da Paz.

Sapatos também são produzidos a partir da lona. (Foto: Arquivo pessoal)
Sapatos também são produzidos a partir da lona. (Foto: Arquivo pessoal)

O trabalho dele também integra o coletivo Morena Criativa que conta com a participação de outras marcas regionais, sendo elas Maria Di Q e Sandra Padilha.

Quem quiser adquirir alguma das peças de Clayton o contato é (67) 9.9227-2090.

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