De última hora, lista de ovos de chocolate é grande em aplicativos

O hábito de deixar tudo para a última hora não mudou, e até os ovos de Páscoa participam dessa. Na pandemia, não é preciso – muito menos recomendado – ter que ficar correndo atrás presencialmente do "coelhinho" em lojas e supermercados, até porque várias delas já se encontram no digital, o que facilita a vida. Ao passo de um clique, é possível encomendar um presente de chocolate em cima do caroço.

É o que acontece em vários aplicativos de delivery, como por exemplo no iFood. Lá, são pelo menos 200 marcas de doces e sobremesas que se encontram na listagem, oferecendo um pouco de tudo: ovos de colher de diferentes sabores (150g, R$ 28,00 – Cake Delivery), Páscoa trufada na lata (850g, R$ 110,00 – Madame Gourmet Doceria) e a opção de montar o seu próprio (650g, R$ 74,90 – Cake Me).

Os kits variam muito, podendo ser de 2 ou 3 ovos recheados ou até de "mini confeiteiro" (150g, R$ 65,00 – Santo Doce), um presente ideal para as crianças. Ainda, caixinha de bombons artesanais e trufas gourmet, sem falar nas colombas pascais também se encontram disponíveis para delivery.

Como o iFood não é o mais forte em termos de supermercado, mas sim pequenos negócios e grandes marcas (Cacau Show, Chocolates Brasil Cacau, etc.), o único mercado que o app apresenta é o Supermercado Gaúcho, da Rede Econômica. A unidade do Coronel Antonino ainda tem ovos à venda, de R$ 14,25 (Tortuguita com confeitos, 45g) a R$ 54,95 (Pelicano ao leite, 600g).

No caso de outros aplicativos de entrega sob demanda, ainda é possível garantir uma oferta de Páscoa. No Rappi Entrega, por exemplo, o Carrefour Hipermercado conta com 30 produtos na lista, entre ovos adultos, gourmet, infantis e kits de presente também para os pequenos. Já no James Delivery, a demanda foi tanto que até a noite de ontem (3) novos pedidos encontravam-se impossibilitados.

Correria – Para quem está a confeccionar os doces de Páscoa em sua própria casa, e até conta com a ajuda das redes sociais para "ferver" o negócio, a fábrica está a todo vapor. É o caso de Larissa Aguiar Donatti, 36 anos, dona da loja on-line Lary Docinhos.

"Tive que encerrar ontem à noite os pedidos. Para se ter uma ideia, só de última hora foram mais de 50 ovos solicitados. As notificações no WhatsApp no e Instagram não paravam de apitar. Por eu trabalhar sozinha, preferi não atender mais por medo de não dar conta", revela a doceira.

Mesmo caso de Sueli e Vitoria Bracht, 60 e 23 anos respectivamente, a mãe e filha por trás da Made in Casa Campo Grande. "A demanda foi tanta que resolvemos parar de receber encomendas na quinta-feira. Como estamos no meio de um decreto de 'lockdown', não havia mais tantos lugares disponíveis para se comprar insumos. Ficamos com medo de faltar estoque", explicam.

As novidades que elas trouxeram saíram bem. Com 3 semanas de divulgação, venderam o total de 189 ovos. "Para esta que é a nossa primeira Páscoa desde que voltamos à Campo Grande, nossa, está de ótimo tamanho!", celebram.

Para Larissa, manhã desde sábado (3) vai ser uma corrida contra o tempo atrás de certos ingredientes essenciais na fabricação dos seus doces. "Estou trabalhando dia e noite desde a última terça-feira, e vai continuar assim até domingo! Ano passado a Páscoa já foi muito boa pra mim e isso em plena pandemia. Agora, neste ano, até confesso que deu uma crescidinha", agradece.

Até ovo de Páscoa "diferentão" que nem é tão doce assim já não tem mais. É o caso do negócio de Rosa Maria da Silva, 58 anos, empresária e mestre-cuca da Broto Frutos Culinária do Cerrado. "Só estou recebendo pedidos dos ovos tradicionais, os 'engordiets', porque as versões low carb das frutas regionais não tem mais. Seja de bocaiúva, pequi ou baru, todos venderam que nem água!", comemora.

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