Harmonização chegou até na “orelha de abano” para quem teme cirurgia
Procedimento estético não-cirúrgico, a harmonização utiliza fios específicos para correção sem uso da "faca"
Nos últimos anos, procedimentos estéticos pipocaram nas redes sociais e a harmonização facial parece liderar o pódio. Agora, o que chama atenção no universo do "antes e depois" é a técnica que atinge as orelhas. Até essa região é harmonizada. O procedimento é não invasivo e promete acabar com as "orelhas de abano", como são popularmente conhecidas aquelas que ficam abertas.
A acadêmica de Direito Andressa Marques dos Santos, 26 anos, ficou muito tempo prendendo o cabelo por vergonha da sua orelha. "Nunca convivi bem com ela. Morria de vergonha. E desde pequena sofria bullying por isso. Já fui chamada de dumbo, orelhão, a menina que batia as orelhas para voar", revela.
Com a indicação de uma amiga – que viu pelas redes sociais a técnica – ela decidiu fazer a mudança.
A farmacêutica Vanessa Vieira Solera explica que a harmonização de orelhas já serve como uma opção a ser considerada ao invés da cirurgia de otoplastia (operação para mudança na aparência das orelhas). "Claro que é necessária uma avaliação para verificar se há indicação ou não antes de realizá-la. Ela já existia há algum tempo, porém teve algumas adaptações para um melhor resultado", diz a especializada em estética avançada.
"O procedimento consiste em uma técnica minimamente invasiva, onde se reposiciona a orelha por meio de linhas de fibra de colágeno (PDO). É rápido, sem bisturi, sem cortes – sem cirurgia. Confortável ao paciente, pode ser realizada no próprio consultório do profissional", esclarece.
Feito em apenas uma sessão, Vanessa ressalta que o procedimento tem a garantia de ser permanente – isso quando bem cuidado pelo próprio paciente. "A recuperação é tranquila, devendo ter cuidados na higienização do local por um período de pelo menos 10 dias. Ainda, dormir com uma faixa nas orelhas por 6 meses e sem nenhum 'trauma', batida ou puxão nas orelhas durante esse período", acrescenta.
"O pior dia para mim foi o primeiro, porque é necessário dormir de barriga para cima, em hipótese alguma de lado – que eu já estava acostumada. Com o passar dos dias, porém, acostumei e a dor foi cessando. No 10º dia já não sentia mais nada", conta Andressa.
Sobre os cuidados, a profissional Vanessa explica que todo paciente precisa fazer uma boa higienização nos primeiros 7-10 dias após a harmonização. "Deve-se limpar a área com álcool 70º ou água boricada, não usar brincos ou realizar exercícios físicos. Depois, mediante ao retorno no consultório para avaliação, já está liberado", explica.
Ter orelhas de abano também era o mesmo trauma para Isabella Marcondes Ibrahim, 24 anos, acadêmica de medicina. "Ainda mais porque eu era muito pequena e magrinha, então a orelha ficava mais evidente. Com o passar dos anos, porém, ganhei peso e meu rosto ficou mais 'encorpado', e as orelhas 'disfarçadas'. Aprendi com o tempo a me aceitar, me livrando do julgamento alheio… porém de olho na mudança", admite a jovem.
Agora que também passou pelo procedimento, o sentimento que permanece é o de realização. "Mesmo convivendo e me aceitando com minhas orelhas, elas sempre estiveram 'camufladas'. Sempre achei válido corrigirmos algo que nos incomoda, porque a autoestima vai muito além do quesito beleza, é essencial para a melhora do nosso humor e nas relações sociais", encerra.
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