Incomodada com descarte, Isabel transforma até lona e saco de cebola em bolsa
Ela agora faz sucesso com produções artesanais e confecções a partir até de sacos de cebola
Isabel Muxfeldt resolveu dar outro significado ao “lixo”. Incomodada ao ver tantos materiais descartados em Campo Grande, ela resolveu transformar sacolas de cebola, batata, laranja e até lona de caminhão em artesanato. “Tem muita coisa que pode ser trabalhada e gerar renda”, reforça.
Para transformar a ideia em prática, ela buscou ajuda. “Comecei a me incomodar com os descartes e passei a criar produtos. Fui no Jardim Noroeste, onde iniciei no Instituto Guataverá e passei a treinar com as mulheres. Sentei no ateliê e fiz a bolsa, trabalhada numa costura que não arrebentasse”, conta.
Logo o Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) cedeu uma consultoria junto ao Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) e a partir de então, Isabel passou a diminuir o tempo de produção e criar mais produtos.
Aos 60 anos, ela é artesã desde a infância. Hoje designer de produtos artesanais, diz que sempre gostou de confeccionar. Por isso, resolveu abrir a empresa “Eco Linhas”, para criar acessórios para serem usados mais vezes, como bolsas de compra, lixeiras de carro, marca texto e bolsinhas.
“Somos um negócio social, que organiza núcleos produtivos e oficina com mulheres das comunidades para confecção artesanal a partir de materiais de descarte. O negócio social não é uma ONG (Organização Não Governamental), mas sim parceria onde as pessoas ganham melhor. É 50% para empresa e 50% para parceiras”, explica.
Logo conseguiu fazer parcerias com empresas que agora doam os materiais de descarte para Isabel continuar os trabalhos. “Os produtos são higienizados, passam por um processo para depois surgir as ecobags”, diz.
Os valores dos produtos variam de R$ 12,00 a R$ 40,00. Tem bolsa de sacola de batata, de laranja e lixeira feita a partir de jeans e lona de caminhão, e até sacos de pão que viram embalagens.
A empresa também trabalha com brindes corporativos e já fez crachá de big bag de açúcar e até urna de votação com produtos recicláveis.
Por ser um negócio social, Isabel sempre visita comunidades e bairros da Capital para dar oficina de costura e se preciso for, convidar mais mulheres para fortalecer a produção da empresa. “A medida que vamos aumentando a produção e venda, precisamos de parceiras”.
Aquelas que tiverem interesse em participar da empresa, pode entrar em contato com Isabel através do Instagram @ecolinhas. Assim que puder, ela retorna para conversar.
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