Joias coloridas de cerâmica tem toque especial de pimenta-do-reino

Joias de cerâmica plástica viraram mais uma estimulo à criatividade da publicitária Rosana Cambuí, de 43 anos. Nas mãos dela, o material maleável é transformado em colares e brincos de diferentes cores e designs. O toque especial de algumas peças é a pimenta-do-reino, a folha esqueletizada, maquiagem ou algum produto natural dificilmente usado para criar acessórios.

Na Studio Cambuí, as criações seguem a linha natural, com tons que contrastam ou apenas se complementa. Vendidas por meio do Instagram, as joias têm preços variados, a partir de R$ 45.90.

A ideia de acrescentar o condimento em algumas peças surgiu para garantir um tom diferente. “Queria algo que pigmentasse a cerâmica branca e a cor da pimenta era a ideal para dar esse contraste. Os pontinhos pretos ficariam lindos em contraste com algo claro. Testei e ficou bacana”, afirma.

Outro fator decisivo para acrescentar o condimento é a forma como ele reage com a cerâmica.  “Nesses anos de vida nunca vi dentre os temperos a pimenta do reino estragar, criar fungo ou outra coisa do gênero. Além de ter certeza de que não teria nenhuma reação ao ir ao forno”, fala.

A artista comenta que começou o trabalho durante o período da pandemia. “Resolvi fazer algo artístico para relaxar, comecei a pesquisar materiais e nessa pesquisa conheci a cerâmica plástica. Pedi na internet algumas cores e comecei a brincar. Parecia criança que volta à infância”, lembra.

Ao lidar com a matéria-prima, ela percebeu que poderia criar itens versáteis e fazer outras misturas. “É um material maleável, como se fosse uma massinha, que aceita mesclar cores e acrescentar outros materiais, porém com a vantagem de ir ao forno convencional”, destaca.

Após ver o poder da pimenta-do-reino moída, Rosana seguiu exercitando a criatividade. “Queria algo que se diferenciasse ainda mais, mesmo sendo já algo único, pois o feito a mão e nunca sai nada igual ao outro”, diz.

Assim, ela aderiu a mais um produto. “Tinha uma sombra da MAC azul em casa dando sopa. Fui lá e acrescentei no material um quê a mais. A última coisa que fiz foi usar essa folha que aprendi com a minha tia a técnica de esqueletização”, conta.

Em breve, a artista pretende trazer mais novidades e misturas diferentes. “Meu desejo é no futuro incluir alguma semente regional, porém preciso pesquisar se existe algo do gênero na região e testar a durabilidade", explica.

Apesar de acreditar que trabalhar com arte é um desafio constante, ela diz que é relaxante mexer com as peças. “Eu trabalho com arte até hoje na criação publicitária que demanda pesquisa, atualização constante e muita paciência. Confesso que é melhor trabalhar com artesanato, inclusive menos estressante”, conclui.

Quem quiser conhecer o trabalho e garantir uma peça, o perfil no Instagram é @cambuistudio

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