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Consumo

Juiz aposentado agora compra casas de madeira para demolir e fazer móveis

Elverson Cardozo | 12/07/2014 07:34
Mário viaja o estado à procura de casas para demolir. (Foto: Marcos Ermínio)
Mário viaja o estado à procura de casas para demolir. (Foto: Marcos Ermínio)

Depois que se aposentou, há 7 meses, o juiz de direto Mário Eduardo Fernandes Abelha, de 59 anos, resolveu investir em outro ramo, no comércio, e abriu a “Mário Móveis”, empresa especializada em demolição e paisagismo.

Desde o início do ano, quando inaugurou a loja, na Avenida Marquês de Pombal, no bairro Tiradentes, em Campo Grande, ele vive viajando em busca de casas de madeiras para comprar, demolir e reaproveitar o que pode.

O material, que vem de Campo Grande, do interior e de outros Estados, como São Paulo, vira mesas, armários, cadeiras e até mini-adegas artesanais. “Nossa proposta é fazer móveis ecologicamente corretos. Aqui tem madeiras que vieram de cidades como Bataiporã, Nova Andradina e Rochedo”, explica.

Modelo de cozinha com ilha em madeira pura. (Foto: Marcos Ermínio)
Modelo de cozinha com ilha em madeira pura. (Foto: Marcos Ermínio)
Mesa de madeira com cadeiras de ferro é tendência. (Foto: Marcos Ermínio)
Mesa de madeira com cadeiras de ferro é tendência. (Foto: Marcos Ermínio)

E o que é produzido vai para o showroom. O espaço funciona em uma casa antiga, decorada com móveis de época, justamente para que o cliente veja de que forma o produto pode ser utilizado.

A cozinha, por exemplo, é um dos ambientes montados com um armário, feito a partir de uma antiga porta de bálsamo, um aparador para pendurar louças, a tábua de cortar carne, conjunto de 7 cadeiras e uma ilha com pia e fogão cooktop já instalado. O “kit” completo sai por pelo menos R$ 15 mil, sem os utensílios e itens de decoração.

Janela antiga virou item de decoração. (Foto: Marcos Ermínio)
Janela antiga virou item de decoração. (Foto: Marcos Ermínio)

O quarto também foi montado, com cama de madeira maciça, dois criados-mudos de peroba-rosa, e um aparador de parede que era, na verdade, a parte da frente da janela de uma casa.

O material vem de todo canto, mas o tratamento é feito na marcenaria da esposa, no bairro Rita Viera. E lá que a madeira vira móvel. Para dar o aspecto rústico desejado, os profissionais, explica o juiz, procuram não mexer na pintura ou dar nova demão de tinta. Só arrumam o necessário. O acabamento, geralmente, limita-se à lixa.

A aparência de “coisa antiga”, com restos da pintura original, é o charme do móvel de madeira de demolição, mas, se o cliente quiser, o produto pode ficar mais moderninho, sem nenhum arranhão.

A dica, em todo caso, é misturar os elementos. É tendência, por exemplo, ter uma mesa de madeira de lei, bem rústica, com cadeiras de acrílico, explica a vendedora Paola Suarez, de 44 anos.

Na loja, diz, o que mais sai são as mesas e os aparadores, mas é possível encomendar decks, pergolados, painéis e objetos feitos com base de ferro, além de algumas relíquias como uma sopeira de prata e até uma mala, garante Paola, da época dos jesuítas.

Serviço – O Mário Móveis fica na Avenida Marques de Pombal, 332, bairro Tiradentes, em Campo Grande. Outras informações podem ser obtidas pelos telefones (67) 3015-1929/9642-2185/91859292, ou na Fan Page.

Empresa também fabrica móveis com estrutura de ferro. (Foto: Marcos Ermínio)
Empresa também fabrica móveis com estrutura de ferro. (Foto: Marcos Ermínio)
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