Livre de religião, casa de amigos tem terapia até com tatuagem
Espaço tem música, arte e diferentes terapias para quem curte, uma delas é a tattoo terapia. Já ouviu falar?
Na Vila Carlota, o bem-estar uniu dois amigos que abriram as portas de um espaço que agrada tanto o público gratiluz quanto quem busca dose de autoconhecimento. Por lá, são oferecidos diferentes tipos de terapia e não tem nada de religião. Algumas são bem conhecidas, como meditação, ioga, aromaterapia ou tarô. Mas também outras menos disseminadas, como tattoo terapia ou o próprio antahkarana, que é uma escola filosófica que envolve evolução espiritual.
Os fundadores do espaço são Kalel Morrison Diniz Brasil, de 24 anos, e Fernando Afonso Lopes, de 34. Ambos reforçam que o local não prega nenhum tipo de religião específica, e sim, terapias e práticas espiritualistas. “O que rege é o universalismo, nosso espaço é aberto. E queremos divulgar conhecimento”, reforça Fernando.
Os rapazes são shivaistas, vertente do hinduísmo que adora o deus Shiva. “Em 2019, depois de só três aulas de yoga, fui parar na Índia. Lá, eu fui para um templo que era shivaista”, detalha. Os dois se conheceram aqui em Campo Grande, durante rituais de ayahuasca, que Fernando descreve como experiência que o fez repensar toda a vida.
O local é uma residência, mas que foi adaptada para receber as várias atividades. São poucos móveis, com decoração mais simples e cheiro de incensos por toda a parte, além de uma parte gramada no fundo.
Em uma das salas, apenas com um tapete, imagens e uma toalha com deuses hindús, vai ser onde acontecerão as aulas de antakahrana. O curso consiste em técnicas para busca de conhecimento e evolução espiritual.
“O antakharana é um símbolo tibetano que simboliza a união dos três mundos básicos do ser humano, que é o mundo espiritual, mental e físico. Os elementos físicos e mental ficam com o Kalel, com as aulas de yoga, com a disciplina que o yoga trás. E comigo ficam a parte de filosofia, na parte da espiritualidade, separar esse elo entre religião e espiritualidade, que a pessoa chegue onde quer chegar, dê o melhor de si e respeite”, ensina Fernando.
Entre as técnicas que Fernando vai passar adiante, estão a PNL (Programação Neuro-Linguística), hipnoterapia e reeksa, que ele explica como sendo um sistema bionenergítico de cura quântica.
Em uma outra sala, o tarô de Maria Mística, o reiki de Cris Hirahara e a tattoo terapia de Kalebe Mazzine dividem o mesmo espaço.
A parte da tattoo terapia envolve a clareza de tatuagem, não é apenas simples estética, já que envolve um simbolismo, ancestralidade e identidade. “A tattoo terapia, a gente entende que quando você faz uma tatuagem, você está resgatando fragmentos da sua consciência, dos seus ancestrais. Então, cada tatuagem é um resgate que você está fazendo da sua própria identidade, da sua própria ancestralidade. Essa questão de marcar a pele em si é um processo ritualístico. A dor faz parte da vida e a tatuagem fala sobre você aceitar a dor e que a partir dessa dor, você sofre uma transformação”, ensina.
Durante a sessão de tatuagem, Kalebe também traz musicaterapia, aromaterapia e deixa aberto também para a pessoa fazer alguma outra atividade, como receber um benzimento, um reiki ou tirar um tarô. “As pessoas muitas vezes chegam aqui carregadas de outras coisas e aí, ela chega aqui e tem um momento para ela e, nesse processo de se tatuar, ela também está se conhecendo”, reforça.
A leitura de tarô de Maria é algo que já é mais conhecido. “Eu trabalho com o entendimento de acontecimentos e fatos. Para a pessoa entender como ela está naquela situação ou se ela quiser desenvolver algum lado dela”, comenta.
Cris Harahara também é instrutora de Yoga, taróloga e terapeuta reikiana. “Foi uma jornada de quase 9 anos no caminho de buscar o equilíbrio, de estar sempre atrás desse autodesenvolvimento, dessa interiorização, de viver em autenticidade. Então, esse é o meu propósito, quando eu trago o reiki, as terapias e o tarô em uma sessão holística”, descreve.
“Em um mundo como estamos hoje, em que o acolhimento é muito necessário, ter respeito por toda a linha, toda forma de pensar. Nós somos um mundo plural, é muito importante a liberdade espiritual”, declara Fernando.
Quem quiser conhecer o lugar, o Espaço Antahkarana está no Instagram (clique aqui)
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