Madeiras de casas antigas se tornam móveis pelas mãos de Evaldo
Após trabalhar na área da construção civil, ele resolveu se tornar marceneiro usando materiais de demolição
Depois de anos trabalhando na área da construção civil, Evaldo José Carvalho percebeu que as paredes de casas demolidas poderiam ganhar uma nova história. Desde então, as madeiras com tintura das cores mais variadas passaram a se tornar móveis pelas mãos do agora marceneiro.
Reunidas no quintal, tábuas e restos de madeira aguardam para passar pela transformação. Enquanto seu destino mais óbvio seria o lixo, com Evaldo até mesmo a tinta desbotada permanece depois de passar por ajustes.
Contando sobre como mudou de profissão, o marceneiro explica que os pedaços de madeira começaram a ser reutilizados em peças pequenas. “A gente fazia coisas mais simples no início, depois fizemos algumas cadeiras, aumentou para as namoradeiras e hoje eu faço de tudo. Já tem mais ou menos 6 anos que trabalho só com a marcenaria”.
Aos poucos, dar formas às peças de mais de 50 anos e restaurar o que é necessário passou a se tornar algo prático. Mantendo o processo o menos industrializado possível, o marceneiro argumenta que devido ao material e à técnica, cada item é realmente único.
“Não dá para encontrar outro igual porque era de uma casa única ou de uma madeira cortada há anos. A gente tenta manter a tintura também para não modificar muito e continuar com a ideia de ser um móvel antigo, então até isso fica”, o marceneiro explica.
Além de usar os instrumentos básicos para corte e unir cada peça, detalhes como puxadores também são pensados para fazer sentido com os móveis. Em um dos aparadores feitos com uma madeira de mais de 50 anos, o estilo rústico foi reforçado com puxadores de bois, por exemplo.
Sobre o processo de produção, por não usar matéria-prima nova ou MDF, ele relata que cada cristaleira, balcão ou aparador depende que uma casa antiga ou alguém que esteja vendendo as madeiras adequadas sejam encontrados.
“Não dá para encontrar essas madeiras fácil, então às vezes a pessoa quer algo mas não consigo fazer. Até por isso eu não costumo pegar encomenda, vou fazendo e vendendo”, diz Evaldo.
E, sem fazer nenhum tipo de publicidade paga, o marceneiro conta que expor os móveis na frente de casa e partindo de indicações, muitas vezes as peças não chegam a ficar sem donos. “Tem coisa que começo a fazer e já vendo, as pessoas gostam bastante porque são móveis que você não encontra em qualquer lugar”.
Para conhecer mais sobre o trabalho do marceneiro, seu contato é (67) 99337-2397.
Acompanhe o Lado B no Instagram @ladobcgoficial, Facebook e Twitter. Tem pauta para sugerir? Mande nas redes sociais ou no Direto das Ruas através do WhatsApp (67) 99669-9563 (chame aqui).
Confira a galeria de imagens: