Mineiro fez empório e loja de roupa no quintal para não sair de casa
Simpático, dono ainda brinca que quer o prêmio de "menor shopping center" da cidade
De café e pão de queijo até roupa e escritório de contabilidade, a casa de Aderlício Washington Teixeira e Célia Delmondes tem se transformado em um mini centro comercial desde que resolveram trazer um pouco de tudo para o lar. Ao lado da filha e do neto, os dois brincam que ainda vão ganhar o prêmio de menor shopping center.
Hoje, o que seria a varanda de casa se tornou uma loja de roupas e escritório, enquanto a garagem foi transformada em empório. Mineiro, Washington narra que cada canto da casa, localizada no bairro Monte Castelo, foi sendo transformado conforme as ideias da família surgiram. Longe de ter herdado o gosto pelo comércio, ele detalha que a necessidade de trabalhar foi o motivo de unir tudo por perto.
No início, a casa era realmente só uma casa até que Célia decidiu criar seu escritório de contabilidade no mesmo terreno. “Enquanto o escritório não ficava pronto, eu trabalhava na sala da casa. Depois mudei para o espaço do escritório e trabalhei sozinha ali por muitos anos até que resolvemos pegar uma parte e transformar em uma loja com minha filha”, explica Célia.
Responsável pela loja, a filha, Ester, conta que começou a vender roupas apenas de forma online e recebeu a proposta da mãe pouco tempo depois. “Nós começamos a trabalhar com eu vendendo e ela entregando, então achei legal quando veio a ideia da loja”, conta.
Já com a esposa e a filha trabalhando em casa, faltava apenas Washignton se render às ideias e também transferir suas horas de serviço para o quintal. Foi assim que surgiu o Empório do Mineiro, dessa vez na garagem, há cerca de três semanas.
“Quando eu era pequeno e morava em Minas Gerais tinha muito armazém, naquela época não se chamava empório, mas se parecia bastante. Me lembro que era um espaço pequeno e que tinha bastante coisa para o bairro, muita coisa a granel, por exemplo. Foi daí que tirei a ideia”, conta Washington.
Gostando de nem precisar sair do serviço para ir até sua casa, o comerciante explica que há algum tempo já estava pensando em diminuir seu cansaço. Por isso, uniu suas memórias de infância ao desejo de adulto.
Já com tudo em funcionamento, ele garante que ainda há muita coisa para ser adaptada e que conforme a demanda chegue, novos produtos serão ofertados. Por enquanto, o empório ainda é pequeno e funciona como um mercadinho com produtos a granel e industrializados.
Sobre os produtos comercializados, para manter a tradição que havia em suas memórias e aproveitar para relembrar suas origens, Washington também levou pão de queijo congelado e café moído para o empório, além de castanhas e alguns tipos de farinha. “
E, além de pensar em vendas, enquanto as mudanças surgiam, Washington, que sempre gostou de fazer tudo, criou uma pequena oficina para depender cada vez menos de profissionais externos. “Consegui instalar as luzes por aqui e fazer algumas partes elétricas, mas isso fica para mim mesmo, sem comercializar. Mas é bacana porque vamos ajustando e tudo vai cabendo”.
Acostumado a se virar, ela narra que desde muito cedo precisou aprender habilidades variadas e que hoje, olhando para o próprio quintal, vê que deu certo. “A gente tem tudo o que um gestor gostaria. Temos uma boa contabilidade, uma pessoa que sabe bem de vendas e um faz tudo. Então deu certo mesmo”, comemora orgulhoso.
Localizada na Rua Rogério Casal Caminha, número 507, a casa da família está de portas abertas.
Acompanhe o Lado B no Instagram @ladobcgoficial, Facebook e Twitter. Tem pauta para sugerir? Mande nas redes sociais ou no Direto das Ruas através do WhatsApp (67) 99669-9563 (chame aqui).