Pagou barato e saiu satisfeito: no Centro tem corte de cabelo a partir de R$ 5
Bater perna pelo Centro atrás de salões de beleza é praticamente encontrar um em cada quadra. Dos mais sofisticados àqueles que são apenas uma portinha para atender aos clientes. O Lado B saiu às ruas para confirmar o que a gente tinha em mente: dá pra pagar barato e sair satisfeito sim do salão do Centro.
Vinda de São Paulo, a cabeleireira Maria José Gonçalves, de 54 anos, tem o salão de beleza da rua Rui Barbosa quasena 15 de Novembro há um ano e meio. O mobiliário é o mesmo de antigamente, tudo se resume à madeira e as cadeiras são postas em frente de três espelhos seguidos de prateleiras. “Os outros modernizaram,mas do que adianta se o cliente sai sem gostar? Eu sou das antigas”, anuncia.
Em geral ela diz atender o público de A a Z e com o preço de R$ 10 o corte masculino na maquininha. No entanto, se o cliente chorar consegue cortar e pagar até metade do que é propagado.
“Mas se chorar eu faço R$ 8, R$7, até R$5. Mas só quando o cliente chora”, completa. O corte feminino ela avisa que sai mais ‘caro’, por R$ 15, porque cabelo de mulher é preciso lavar e dar uma secadinha depois.
O salão, segundo relatos da dona, vive cheio. Tanto é que são três cabeleireiras e uma manicure a cumprir o expediente ali.
A segunda geração de um dos cabeleireiros mais antigos cobra R$ 10 no corte e cliente homem sai de lá pagando R$ 35 com corte, luzes invertidas e unhas feitas. Pelo menos é este o preço que eles cobram do ‘seo’ Manoel.
“Venho aqui faz tempo, gosto e porque eles são meus amigos. Me atendem com amor, carinho e para mim é barato. Saio super satisfeito”, fazia a propaganda.
O cabeleireiro é Arcy Willerson, de 22 anos, que afirma que ali, na 15 de Novembro, depois da praça, o preço é acessível e o atendimento feito por profissionais. “No Centro somos um dos únicos que cobra R$ 10 porque a gente procura um preço mais baixo pra atender todo mundo. Se paga R$ 10 mas não é com aluno não, é só profissional. Não tem amador aqui”, reforça.
Na avenida Afonso Pena, pra baixo da 13 de Maio, o dono do salão, João Ferreira, de 48 anos, classifica o local mais como uma cooperativa. Em 14 anos ali, o preço do corte,tanto masculino como feminino é anunciado em R$ 25. Mas tudo depende de uma conversinha. Se o cliente souber pedir o valor cai pra R$ 18.
“Aqui cliente sai satisfeito, tem que sair não é? Meu público é gente que é cliente e quem está passando e resolve entrar também”, explica.
Um assunto que muito interessa às mulheres e, principalmente porque fazer as unhas agora está o olho da cara, no Centro tem “achado” de casadinho por R$ 15 na Rui Barbosa. “Não tem nem dois meses que abrimos e tem vindo bastante gente, acho que é o preço que atrai” fala a manicure Grace, 25 anos.
Esperando pra fazer as unhas no salão Grace Mulher, as amigas Priscila Cavalcanti, de 27 anos e Anelise Cristaldo, de 33 são unânimes em declarar: pagam barato e saem satisfeitas. “Além de achar mais em conta é de qualidade” comenta.
Então homens e mulheres, na próxima ida ao Centro vale prestar atenção aos anúncios e chorar, porque é possível sim pagar barato e sair satisfeito.