Para lucrar com joias de flores em Campo Grande, casal viaja 1.000 km
Gabriel e Daya saem de Rondonópolis (MT) para comercializarem brincos, colares e anéis de resina
Feitas com material de resina, as joias são delicadas e trazem flores e outros elementos da natureza na composição. Produzidas por Gabriel Andrade, de 25 anos, e Daya Ananias, de 31 anos, os acessórios do Ateliê Amarelo Ocre são comercializados em bares da Capital.
O casal reside em Rondonópolis (MT), porém ambos fazem questão de vir semanalmente para Campo Grande. “Nos viajamos toda semana de moto. Mais ou menos dá mil quilômetros somando ida e volta”, conta Gabriel.
Antes de conhecer o marido, Daya já confeccionava os acessórios no período que vivia no Rio de Janeiro. A princípio, o trabalho era somente uma renda complementar, mas depois de conhecer o companheiro o atêlie passou a ser renda principal.
Gabriel comenta que quando conheceu o trabalho dela ficou fascinado. Vendedor desde pequeno, ele sugeriu que o negócio fosse expandido. “Quando ainda morava em Campo Grande dei a ideia de que criássemos uma página do ateliê pra tentar vender aqui. Começamos meio tímidos, mas deu super certo. Tivemos uma aceitação maravilhosa do público”, afirma.
No atêlie, Daya produz joias de diversos modelos, materiais, tamanhos e cores, enquanto Gabriel realiza o acabamento. Colares, brincos, anéis, camafeus, amuletos e pulseiras são os itens que ambos vendem de mesa em mesa quando estão na cidade.
Além dos bares, ele fala que costuma participar de eventos. “Também fazemos feiras em Campo Grande. Sempre participamos das feiras Somar Para Dividir, Quem Garimpa Acha, Campão Mix e LupCultural”, relata.
Apesar da distância, o empreendedor garante que compensa fazer a viagem toda semana. “É cansativo, mas vale a pena demais. Amamos viajar de moto”, frisa.
Por terem morado em Campo Grande durante oito anos, o casal tem amigos que o auxiliam. “Temos uma rede de apoio de amigos de longa data que nos ajudam para que economizemos com hotel. O Marcelo e a Michella ofereceram a casa deles para passarmos. Sem contar as inúmeras formas de ajuda que eles já nos deram”, diz.
Outra razão para terem continuado com as viagens, conforme Gabriel, é a aceitação do público com as peças. “As vendas compensam o gasto, porque em Rondonópolis a aceitação do nosso trabalho é bem baixa. Não temos um bom resultado de vendas lá, a cabeça do povo ainda não é tão aberta pro nosso tipo de arte”, conclui.
Quem quiser conhecer o trabalho do casal, o perfil no Instagram é @amareloocre
Confira a galeria de imagens:
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