Terapia de estudante é bordar animais como se fosse pintura
Em 2020, a estudante descobriu a técnica que hoje virou terapia, renda extra e paixão
Os bordados são tão delicados e cheios de detalhes que, à primeira vista, parecem quadros pintados à mão. Feitos pela estudante de química Alessandra Lima, de 28 anos, o trabalho artesanal utiliza a técnica de pintura de agulha para retratar cachorros, aves e outros animais.
A princípio, Alessandra começou a atividade somente como um hobby e, por isso, os pets criados por ela foram os primeiros modelos a inspirarem. “Nesse caminho que conheci a pintura de agulha, vi uma de cachorro. Em casa, tem três gatos e três cachorros, inspiração não faltou e isso me inspirou ainda mais a entrar no mundo pet”, explica.
Natural de Piauí, a acadêmica descobriu o bordado durante as aulas de confecção de amigurumis. Em 2020, ela pensou em desistir por acreditar que não tinha talento para a arte, porém a paixão pela técnica a fez continuar. Para quem não conhece o que é a pintura de agulha, Alessandra explica. “A pintura de agulha geralmente usa um fio só da meada e uma agulha de costura bem fina, mas dá pra fazer de outras maneiras, então, como foi assim que me adaptei, eu trabalho assim”, afirma.
Por causa dos estudos, a profissional relata que tenta equilibrar as demandas da faculdade com as encomendas de bordado. Ela relata que a confecção das peças exige muito tempo e atenção. “A pintura de agulha é um trabalho que exige tempo, cuidado e atenção. Tem trabalho que leva em média 30 a 40 horas para ficar pronto”, diz.
Toda vez que está criando algo, Alessandra segue um processo criativo que faz com que o resultado pareça uma pintura. “O bordado não é só sentar, pegar a linha e agulha. Tem que escolher uma boa foto, as cores certas e fazer o desenho para o tecido. Por ser um trabalho feito à mão, tem que ficar repetindo várias e várias vezes o mesmo movimento”, ressalta.
Acostumada a desenvolver trabalhos manuais desde criança, sendo o primeiro deles ponto cruz, a estudante revela que o bordado é uma forma que encontrou de relaxar. “Quando chega período de provas ou estágio, eu tenho que me dedicar mais a faculdade, mas mesmo assim, sempre arrumo um tempo pro bordado. Ele também é uma válvula de escape e uma terapia”, conta.
Com a agenda aberta para o mês de abril, Alessandra aceita encomendas através do Instagram. Além de Campo Grande, ela envia os bordados para todo Brasil. O valor das encomendas variam de acordo com os detalhes e o tipo de pet. O perfil dela é o @pintandocomagulha.
No fim da entrevista, ela aproveita para agradecer o apoio de uma pessoa bastante especial. “No meio dessa loucura de bordado e química, a ajuda do meu esposo é essencial para que eu não desista de nenhum dos dois”, conclui.
Acompanhe o Lado B no Facebook, Instagram do Lado B e Twitter. Tem pauta para sugerir? Mande nas redes sociais ou no Direto das Ruas através do WhatsApp (67) 99669-9563 (chame aqui).