ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram
JANEIRO, SEXTA  24    CAMPO GRANDE 22º

Diversão

Acrissul mostra pesquisa e diz que moradores apoiam Expogrande mesmo com barulho

Fabiano Arruda | 12/03/2012 11:37
 Acrissul mostra pesquisa e diz que moradores apoiam Expogrande mesmo com barulho
Presidente da entidade, Francisco Maia, garante que associação providenciou licenças ambientais, mas faltou bom senso. (Foto: Fabiano Arruda)

O presidente da Acrissul (Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul), Francisco Maia, apresentou, em entrevista na manhã desta segunda-feira na sede da entidade, pesquisa que mostra que 82% da população que reside no entorno do Parque de Exposições Laucídio Coelho aprova a realização da Expogrande neste ano. Ele anunciou que o evento este ano será realizado apenas com as feiras agropecuárias, sem atrações musicais.

Segundo Maia, o levantamento ouviu cerca de 400 pessoas e o resultado contraria o ponto central do imbróglio que envolve a realização do evento, que é o barulho que incomoda os moradores e foi motivo de ação.

Durante a entrevista, o presidente da Acrissul fez críticas à Prefeitura de Campo Grande e afirmou que faltou “bom senso” para que o imbróglio fosse resolvido. Admitiu ainda que a ameaça em não realizar a Expogrande sem shows fazia parte de manobra na esperança de que o quadro fosse revertido.

Ele garantiu que, em agosto do ano passado, a associação providenciou o licenciamento ambiental para esgotamento e galeria pluviais, que foi aprovado na Prefeitura graças à intervenção do governador André Puccinelli (PMDB).

Em relação a outra licença, a acústica, principal exigência para realização dos shows, Maia citou exemplo do Jockey Clube para explicar. Segundo ele, o local também não tem a mesma licença para os shows.

“TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) é história para boi dormir”, disparou, mencionando o acordo firmado no ano passado para a realização da Expogrande, que disciplinou horário da apresentação das atrações musicais. “Fomos forçados a assinar o TAC com a faca no pescoço”.

 Acrissul mostra pesquisa e diz que moradores apoiam Expogrande mesmo com barulho
Local para shows no Parque de Exposições vazio, cena totalmente contrária ao "tumulto" típico em shows realizados dentro de edições anteriores da Expogrande. (Foto: Fabiano Arruda)

“Um estudo computadorizado que simula o isolamento acústico liberou a realização de show no Jockey. O mesmo estudo apresentamos para a Prefeitura, mas a licença não foi concedida”, argumentou, sem dizer o motivo da reprovação. “Isto deve ser perguntado para o prefeito”, criticou.

Maia ainda disse que não será o fim dos shows na Expogrande e que espera do próximo prefeito a boa vontade e apoio à classe produtora, já que, segundo ele, a feira agropecuária já conta com 48 leilões agendados, mas “sem a cereja do bolo”. “Quem perde é a cidade”, pontuou.

O presidente da Acrissul ainda assegurou não ter nada contra as decisões judiciais, porém, sinalizou que vai esgotar as possibilidades jurídicas em todas as instâncias para a manutenção dos shows, entretanto, demonstrando pessimismo por decisões favoráveis.

Ele também ressaltou que, desde o início de sua gestão à frente da entidade, acabou com o Moto Road e pôs fim a atividade de bares no parque em respeito aos moradores.

Nos siga no Google Notícias