Aos 14 anos, amigas criam app para criança cega não ficar sem os livros
Adolescentes do ensino fundamental de MS elaboraram projeto que agora é finalista em etapa nacional
As amigas e estudantes do ensino fundamental Maria Júlia Ota Marinho, Danielle Ayumi Sasaki e Isabela Hikaru Nakano, de 14 anos, tiveram a ideia de um aplicativo que tem audiobooks, que são livros com narração, especialmente para trazer uma forma de entretenimento diferente para crianças com deficiência visual.
O projeto agora é representante de Mato Grosso do Sul no concurso nacional Start SFB, uma competição nacional de empreendedorismo para estudantes do ensino fundamental e médio organizada pelo Sistema Farias Brito, do estado do Ceará. Agora na final, elas precisam de votos para ganhar e então transformar o projeto em um negócio real.
De acordo com Maria Júlia, elas estudaram a ideia e inclusive entrevistaram Rubenita Santiago Siqueira, mãe de Lucas Siqueira de 11 anos, que tem autismo e é cego e que já apareceu aqui no Lado B.
“Como a gente precisava entender nosso problema e realmente achar uma solução, a gente procurou pais de crianças com deficiência pra que eu pudesse entrar em contato. Quando eu vi a entrevista do Lucas, entrei em contato com a Rubenita”, explica Maria Júlia.
As três meninas então elaboraram todo o projeto intitulado “Imaginarte”, que tem o objetivo de ter narradores reais contando histórias clássicas de contos de fadas, tudo isso reunido em um só lugar, com um aplicativo totalmente adaptado para o uso de quem é deficiente.
As meninas apresentaram o projeto ao campeonato por meio de vídeo. Elas pensaram em todos os detalhes: desde o conteúdo, à interface, à linhas de financiamento e parceiros para estruturar o projeto e transformá-lo em realidade. Agora, são as únicas representantes de Mato Grosso do Sul entre os finalistas e dependem de votos para ganhar.
“Pra mim e pras minhas amigas, essa questão da leitura e da arte em geral, é muito forte, porque a gente cresceu lendo contos de fadas e coisas assim, mais fantasiosas, então a gente queria que todos pudessem ter esse tipo de experiência”, anda declara Maria Júlia.
Para votar, basta preencher o formulário clicando aqui. Veja a apresentação do projeto abaixo:
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