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Diversão

Blues Bar volta às origens e tenta mais uma vez no meio da pandemia

Bar, que virou casa noturna ao longo do tempo, resgatou um pouco do conceito de quando abriu para tentar driblar a crise

Lucas Mamédio | 12/06/2020 06:21
Donos quebraram a parede da frente e criaram um espaço para mais mesas (Foto: Paulo Francis)
Donos quebraram a parede da frente e criaram um espaço para mais mesas (Foto: Paulo Francis)

É impressionante como o Blues Bar mudou, ou foi forçado a mudar, ao longo desses quase dez anos que existe em Campo Grande. Começou como um pequeno bar underground numa esquina na Via Parque próximo ao Parque do Soter, quando não cobrava entrada, e deixava (isso não é uma reclamação) mais da metade dos clientes na rua.

Depois se mudou para outro local, ainda na Via Parque, só que mais próximo ao Shopping Campo Grande. Lá teve seus bons momentos, mas demanda de shows grandes não era contemplada pelo espaço.

Até que na segunda metade de 2015 se mudou para onde está agora, na Rua 15 de Novembro, ocupando o espaço de uma boate sertaneja que acabara de fechar. Nesse novo espaço, o Blues Bar pôde promover shows maiores e virou quase uma casa noturna de rock, e também opção mais conhecida do estilo em Campo Grande.

Mesas estavam com espaçamento de um metro e meio (Foto: Paulo Francis)
Mesas estavam com espaçamento de um metro e meio (Foto: Paulo Francis)

Eis que a pandemia do novo coronavírus cai como um meteoro nessa história. O estabelecimento ficou dois meses fechado, tentou reabrir no começo de maio, mas pouco tempo depois, decidiu fechar as portas de novo, por não ter encontrado uma fórmula segura de manter-se aberto.

Essa quinta-feira (11), porém, marcou mais uma reformulação do Blues Bar. Segundo a administração é um resgate do “velho Blues Bar”, com a frente aberta, mesas pelo salão e cobrança apenas do couvert.

Parte do bar e do caixa foram os mais difíceis de controlar (Foto: Paulo Francis)
Parte do bar e do caixa foram os mais difíceis de controlar (Foto: Paulo Francis)

Na entrada nada de muito novo: um recipiente com álcool em gel e uma funcionária de máscara. Dentro, de frente para o palco, algumas mesas. Ao lado, mais mesas pequenas. Parecia não haver controle sobre a quantidade de pessoas em cada mesa, mas sim controle sobre o total dentro do estabelecimento, que segundo um encarregado no momento, era de mais ou menos 130 pessoas, 30% da capacidade máxima, o que estabelece o decreto que permitiu a abertura.

O espaçamento entre as mesas era de um metro e meio. O andar de cima estava mais vazio, sem qualquer tipo de aglomeração. No andar de baixo, principalmente no lado direito do palco, onde havia mesas, os caixas pra comprar bebida e ainda o bar, a despeito das marcações no chão, em alguns momentos as pessoas se aglomeraram na espera para pegar a bebida.

Na fachada do Blues Bar está a principal mudança. Os donos quebraram as paredes da frente e fizeram um cercado para acomodar mais mesas. O prestador de serviço Carlos Alexandre, de 50 anos, disse que gostou das mudanças.

Eliane disse que não sairia da mesa nem pra paquerar (Foto: Paulo Francis)
Eliane disse que não sairia da mesa nem pra paquerar (Foto: Paulo Francis)

“Na minha opinião, do jeito que está aqui, eu me sinto seguro”, disse Carlos que estava a com mais um amigo na mesa.

Quem também disse estar se sentindo segura é a corretora de imóveis Eliane Mendes, de 43 anos. Ela, que estava bem em frente ao palco, e com mais dois amigos, observou, no entanto, que mesmo segura, mudou um pouco o comportamento.

“A verdade é que depende muito das pessoas. Eu sentei aqui e tô aqui o tempo todo. Não vou sair nem pra paquerar (risos). O crime não compensa”, brinca.

Uma advogada de 38 anos, cliente do Blues Bar desde o início na Via Parque, que não quis se identificar, gostou do bar ter reaberto, se adaptado, por ser a quase única opção de rock em Campo Grande.

Funcionários de máscara e álcool em gel já viraram algo no normal (Foto: Paulo Francis)
Funcionários de máscara e álcool em gel já viraram algo no normal (Foto: Paulo Francis)

Ela também reforçou que os cuidados precisam ser de cada pessoa. “Antes eu chegava aqui e abraçava meio mundo, hoje vai ser só tchauzinho de longe”.

Já o fotógrafo Jamilson Oliveira, de 41 anos, disse que é difícil manter 100% de segurança, mas está tranquilo quanto ao impacto do vírus em pessoas do perfil dele.

Jamilson acredita que os impactos do vírus não sejam tão fortes quanto mostrado na mídia (Foto: Paulo Francis)
Jamilson acredita que os impactos do vírus não sejam tão fortes quanto mostrado na mídia (Foto: Paulo Francis)

“Eu acho que não é tudo isso que a mídia tá dizendo, esse monstro. O vírus afeta quem já tem certas comorbidades, que não é meu caso”.

Não houve mudança no cardápio. A casa acrescentou chopp com algumas promoções específicas. O horário de funcionamento ficou das 18h às 23h30.

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